segunda-feira, março 10

Em greve, professores do RN fazem protesto durante evento com ministro da Educação em Natal


Foto: Sinte-RN / Reprodução

Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte, que estão em greve desde 25 de fevereiro, fizeram um protesto nesta segunda-feira (10) no Centro de Convenções de Natal durante um evento com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana.

Da plateia, profissionais ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) ergueram faixas cobrando reajuste salarial de 6,27% para toda a carreira, mais “valorização profissional” e a instituição do plano de cargos, carreiras e salários dos funcionários das escolas.

Dirigente estadual do Sinte, o professor Ekeoma Santos declarou que o protesto tem o objetivo de chamar atenção do MEC para que o ministério possa “interferir, intervir e contribuindo” no processo de negociação entre o sindicato e o Governo do Estado.

Sobre o principal ponto de reivindicação dos professores, o Governo do Estado tem proposto pagar o reajuste de 6,27% para toda a carreira, inclusive aposentados e pensionistas, da seguinte forma:

  1. 3% a partir da folha de abril;
  2. 3,25% a partir da folha de dezembro.

A proposta, no entanto, foi rejeitada pela categoria nas últimas assembleias, e a paralisação segue.

O novo piso salarial do magistério foi definido pelo MEC no início deste ano. O reajuste fixado foi de 6,27%. A Lei Complementar 322/2006, válida apenas no Rio Grande do Norte, estabelece que reajustes salariais dados aos professores devem ser aplicados para toda a carreira, inclusive aposentados e pensionistas. É uma particularidade do Rio Grande do Norte, e não uma exigência federal.

Ao ser questionado sobre o assunto em coletiva de imprensa, Camilo Santana ressaltou que o tema está sendo discutido com mediação judicial e que confia em uma solução para o problema. “Eu sei que o assunto aqui está em uma questão judicial, na Justiça, mas tem toda a boa vontade da governadora para solucionar esse problema e garantir o pagamento aos professores”, declarou o ministro da Educação.

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