Por Silvino Júnior
Completou um mês desde que Dra. Vanessa (UB) se lançou pré-candidata a prefeita de Assú pelo bloco oposicionista. Até aqui, mesmo com todas as emoções eleitorais já existentes e toda poeira que paira sobre o tabuleiro político assuense, a médica apresenta uma pré-campanha fria, desarticulada, sem um discurso calibrado, limitado as bolhas das redes sociais e mirando descontruir a popularidade do prefeito atual Dr. Gustavo Soares (PSDB), investindo em ataques contra a programação do São João e ao período junino da cidade.
Não se pode subestimar o carisma pessoal de Dra. Vanessa ou a lembrança afetiva que alguns eleitores ainda têm do seu esposo, o ex-prefeito, Ivan Júnior. Mas é fato, a pré-campanha da oposição de Assú está negativa e parece mergulhada em um clima de ressentimento e revanchismo que não se acaba. A falta de foco dentro do próprio grupo e a instabilidade interna e externa existente também mostra uma atmosfera diferente do que tem vivenciado outras duas pré-candidatas a prefeita do RN, que ao que tudo indica, também terão uma mulher como vice, formando uma chapa 100% feminina.
Na cidade de Parnamirim, Professora Nilda lidera todas as pesquisas de intenção de voto. Por lá, o grupo de Nilda busca contar com o apoio da atual vice-prefeita, Kátia Pires, para agregar valor à chapa. Em Pau dos Ferros, a atual gestora, Marianna Almeida, também lidera as pesquisas e vai pra cima do adversário Leonardo Rêgo tendo como pré-candidata a vice a médica, Lara Figueredo, filha do ex-prefeito do município, Nilton Figueiredo, reconhecido como uma grande liderança local. Enquanto Professora Nilda e Marianna Almeida apresentam uma pré-campanha estável, com um arco de alianças robusto e sob forte favoritismo, Dra. Vanessa e a vice Fabielle Bezerra em Assú estão em condições opostas.
8 pontos atrás do pré-candidato Lula Soares, segundo levantamento realizado pela TCM\TS2 e divulgado em fevereiro deste ano, a pré-campanha de Dra. Vanessa enfrenta problemas adicionais que vão além da posição de 2º lugar registrado nas pesquisas. A base do ex-prefeito Ivan Júnior e a base de Fabielle sinalizam não confiar um no outro. Fora isso, ao menos três familiares de Fabielle já admitem nos intramuros da cidade suas frustrações com a postulação dela novamente para a função de vice e seu retorno para o grupo. Ademais, uma parte da militância orgânica da oposição começa a se desmobilizar e chegam em escala cada vez menor para o debate público.
Vanessa e Fabielle tem errado a mão e tentam nessa fase eleitoral apontar o dedo para a gestão, quando antes desse período, preferiram o silêncio e transferiram essa responsabilidade para Ivan Júnior e a vereadora Lucianny Guerra temendo desgastes. O exagero na crítica, na abordagem dos temas e até na narrativa de autopiedade pode ter um efeito contrário. A oposição que afinou um discurso no início de que a dupla seria uma chapa ”imbatível”, tem sentido que o jogo não será fácil como foi vendido e assiste o crescimento do nome de Lula Soares entre o eleitorado. Um desconforto e até um desalento já pode ser observado no rosto de muitos.
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