Juscelino Filho, ministro das Comunicações
Integrantes do governo falaram à coluna que acreditam que o episódio em que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, utilizou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) e ainda recebeu diárias do governo para participar de leilões de cavalos de raça deveria ser analisado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República ou mesmo pela CGU (Controladoria Geral da União).
O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo e o ministro omitiu os compromissos da agenda pública do ministério. No início de fevereiro, o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, informou que a pasta cobrou os ministros para que mantivessem as agendas públicas atualizadas, já que é obrigatório.
No âmbito administrativo, cabe à Comissão de Ética apurar esse tipo de episódio. A coluna apurou que os conselheiros tomaram ciência sobre a situação, mas um procedimento ainda não foi instaurado.
Juscelino viajou no dia 26 de janeiro de Brasília com destino a São Paulo e no sistema interno a viagem foi chamada de "urgente". Segundo o jornal, o ministro fez duas horas e meia de compromissos oficiais.
No dia 26, na sede da operadora Claro, onde ficou por uma hora. Já no dia 27, na sexta-feira, ficou 30 minutos no escritório da Telebrás e mais uma hora na representação da Anatel.
O restante do dia foi dedicado aos cavalos: assessorou compradores de animais, recebeu uma premiação e inaugurou uma praça em homenagem a um cavalo de seu sócio.
Segundo o Estadão, Juscelino Filho não informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um patrimônio de pelo menos R$ 2,2 milhões em cavalos de raça.
Ao menos doze animais criados em Vitorino Freire (MA) teriam sido omitidos da declaração de bens do deputado. A cidade maranhense é a mesma para a qual ele enviou dinheiro do Orçamento Secreto para asfaltar uma estrada que leva a fazendas de sua família.
A coluna entrou em contato com a equipe do ministro, mas não obteve resposta até o momento.
Uol Notícias
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