Os três únicos brasileiros que assumiram a presidência depois da República Velha sem ter completado 50 anos, não chegaram ao fim do mandato.
Jânio Quadros 44 anos, um assombroso fenômeno regional que nunca havia visitado o Palácio do Planalto, rompido com a maioria do Congresso, renunciou no sétimo mês de governo.
Fernando Collor de Melo, 40 anos, imaginou que Brasília fosse uma grande Alagoas, ampliou o patrimônio sem cautela, virou as costas ao legislativo e foi despejado pelo Impeachment, dois anos e meio depois da posse.
A terceira vítima da maldição dos 40, João Goulart, tinha apenas 43 anos, pensava demoradamente antes de agir e se movia com desembaraço no Olimpo Federal.
Os militares nunca aceitaram Jango, e ninguém podia então adivinhar que a instituição do regime parlamentarista adiaria por dois anos e meio o desfecho do drama narrado pormenorizadamente nos capítulos reservados a agonia do regime democrático.
O governo de Jango esteve dividido em duas fases, uma parlamentar e outra presidencialista, marcado por grande tensão política, que quase levou o país a uma guerra civil.
CHICO TORQUATO
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