Vereador de Natal é contra realização de eleições deste ano por causa da pandemia do coronavírus e critica comportamento do Congresso e do TSE. Ele também fala sobre os impactos da pandemia no Rio Grande do Norte e avalia como governos estão fazendo enfrentamento
O
vereador de Natal Cícero Martins (Progressistas), que está prestes a finalizar seu primeiro mandato na Câmara Municipal, avalia que realizar eleições no formato tradicional, mesmo que só em novembro, é “negar que estamos em uma pandemia”, como a atual, provocada pelo novo coronavírus.
O parlamentar considera “ridículo” o modo como Congresso Nacional e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trataram o assunto. “Houve comprometimento escolar, desemprego, mortes e muita sequela dessa pandemia. Mas, eleições não pode deixar de haver…”, afirma ele.
Nesta entrevista exclusiva ao Agora RN, Cícero Martins comenta o adiamento das eleições municipais deste ano – que vão acontecer nos dias 15 e 29 de novembro (primeiro e segundo turnos) – e os impactos da crise do coronavírus, além da estratégia de combate à pandemia adotada pelos governos federal, estadual e municipal. Confira:
AGORA – As eleições estão se aproximando, e o projeto de revisão do Plano Diretor ainda não chegou na Câmara. O senhor considera que há clima para votar o projeto ainda este ano, caso ele chegue a tempo?
CM – O Plano Diretor de Natal é uma das votações mais importantes para Natal. Não podemos votar sem ter estudado bastante o que será enviado para a Câmara. Essa pandemia nos ensinou a entender nossos limites, e um deles é respeitar o tempo certo para agir. Não vejo clima e condições para discutir esse tema através de audiências públicas e debates com a sociedade.
AGORA – As eleições de 2020 foram adiadas para novembro. Qual a sua avaliação?
CM – Uma eleição que custa R$ 8 bilhões aos cofres públicos e movimenta a sociedade de todas as formas possíveis. Vai totalmente de encontro a tudo que estamos passando. É negar que estamos em uma pandemia. Houve comprometimento escolar, desemprego, mortes e muita sequela dessa pandemia. Mas, eleições não pode deixar de haver… Passa a ser ridículo como o Congresso e TSE estão agindo.
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