quarta-feira, julho 8

ARTIGO - RENATO CALDAS O POETA DE FULÔ DO MATO



Renato Caldas, nasceu em Assu/RN, no dia 08/10/1902, filho do casal Enéas da Silva Caldas e Dona Neòfila de Oliveira Caldas, estudou nas escolas Luzia de França e Grupo Escolar Ten. Cel. José Correia, fez estripulias próprias da idade.
Seu primeiro emprego foi como tipógrafo, sua primeira grande escola.
Colaborou em pequenos jornais da terra. Em 1920, quando apareceu o primeiro Ford bigode.
Renato aprendeu logo a dirigir e fez sua primeira viagem a Natal/RN, para transportar o carro adquirido pelo Doutor Pedro Amorim. Ao saltar do veículo caiu, populares o levantaram e indagaram o que tinha acontecido.
Deu a resposta famosa - cada um salta como sabe.
Doze anos de noivado casou-se com Dona Fausta.
Poeta consagrado, projetou-se no cenário cultural, rompeu fronteiras adotando para seus versos, com naturalidade, o gênero matuto. Renato Caldas, o poeta de fulô do mato.
Sá Dona, vossa mecê É a fulô mais chêrosa, A fulô mais prefumosa Qui o meu sertão butô! Podem fazê Um cardume De tudo que fô prefume De tudo que fô fulô, Qui nenhum, nem uma só Tem o cheiro do suó Que seu corpinho suô. Tem cheiro de madrugada, Fartum de areia muiada, Que o uruvaio ixombriô. É um cheiro bom, diferente, Que a gente sintido, sente, Das outa coisa o fedô. O poeta morreu no dia 26/10/1991.
CHICO TORQUATO

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