quinta-feira, julho 23

ARTIGO - MANOEL DE BOBAGEM - POETA E BOÊMIO

Aluizio Lacerda: Coronavirus, fome x políticos.
Chico Torquato
Manoel Pitomba de Macedo, nasceu em Assu/RN, no dia 25/05/1924, conhecido
popularmente como Manoel de Bobagem, um dos mais conhecidos e famosos poetas populares do Assu, entre a terra Assuense e Natal/RN, viveu a sua vida de poeta, boêmio e mulherengo.

Ele era pedinte.
Conta-se que ele andava pelas ruas da cidade com uma bolsa enorme confeccionada de palhas de carnaubeira, quando era indagado pra que ele usava aquela bolsa, respondia pra encher de perdoe!
Manoel levou vida despreocupada e nômade, dominado pelo álcool e pelas mulheres que constituíam os seus temas prediletos.
A mãe de bobagem sempre reclamava quando ele chegava em casa embriagado: tenha vergonha Manoel! Todo dia você chega em casa bêbado, tombando em tempo de cair na rua! Homem tenha brio! E Manoel se saiu com essa;
Mamãe!
Nem todo homem tem brio
Nem toda moça se casa
Nem toda lã da pavio
Nem todo fogo tem brasa
Nem todo filho tem pai
Nem todo inverno faz frio
Nem tudo que entra sai
Nem tudo que tomba cai.
Nem toda fera é valente
Nem todo lorde é descente
Manoel morreu no dia 11/10/1957, aos 33 anos de idade, sentindo a morte chegar, escreveu a glosa que por sinal é uma das suas mais conhecidas.
De mim se aproxima a morte
Preciso fazer viagem
Vou fazer o meu transporte
Com saudades de Bobagem
Jesus por ser divinal
Vou procurar boa sorte
No reino celestial
Que breve será meu fim
Se compadeça de mim
Da vida material.

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