Propaganda é questionada
Recife (AE) - O PSB do governador Eduardo Campos usou imagens de uma escola privada para exaltar o ensino público em Pernambuco em propaganda do partido divulgada nacionalmente na TV esta semana. No vídeo, uma estudante passa em frente a uma escola e depois aparece numa sala de aula com outros jovens. Todos estão vestidos com uniformes do ensino estadual. Enquanto isso, a apresentadora da peça afirma que “o PSB está mostrando que a escola pública pode mais”. Em seguida, Campos, presidente da legenda e possível candidato à Presidência em 2014, diz que “só há respeito quando existem serviços públicos de qualidade”.
A escola mostrada não é um dos 1.089 colégios públicas estaduais de Pernambuco. Trata-se do centro universitário Maurício de Nassau, instituição particular do empresário Janguiê Diniz que fica no centro de Recife.
Protagonista da série de inserções do partido que está sendo exibida na TV, o governador de Pernambuco foi duramente criticado ontem nas redes sociais por causa da utilização das imagens de uma escola privada para falar do ensino público local.
O PSB afirmou que as imagens eram apenas “ilustrativas”. Não havia intenção, disse o partido, de mascarar ou mostrar que se tratava de uma escola pública. “A escola foi usada simbolicamente”, afirmou a assessoria de imprensa da legenda. “Foi alocado um local que simbolizava a ideia de escola pública e de alunos em geral”. Ainda segundo representantes do partido de Campos, as equipes do PSB não obtiveram autorização para fazer a filmagem em uma escola pública.
O governador atribuiu à legislação brasileira a opção por usar uma instituição particular. “Estamos pagando pelo excesso de zelo”, disse Campos, segundo quem a empresa que produziu o material preferiu usar a Maurício de Nassau para evitar questionamentos jurídicos. “O entendimento da produtora que foi contratada pelo partido para fazer o programa é que deveria fazer uma produção e não ir a uma escola pública para amanhã não estar se dizendo que foi utilizada uma escola pública.”
O governador alegou que, para fazer as filmagens em prédios públicos, seria necessário “fazer um requerimento e tramitar o requerimento” e não haveria “tempo hábil” para providenciar a documentação. “Poderia ser num estúdio”, disse.
A oposição aproveitou o episódio para criticar o governador: “O PSB expôs Pernambuco a um vexame nacional”, disse a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), uma das poucas vozes de oposição na Assembleia Legislativa. “Pernambuco tem um dos níveis mais baixos de educação no País, está em 16. lugar, atrás de Estados como Amazonas, Tocantins, Roraima e Rondônia”, afirmou, ao citar dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para ela, foi um “erro” a apresentação do programa de intercâmbio para o exterior como se fosse de excelência educacional. “É dinheiro que o Estado está mandando para o exterior e para fazer propaganda”, afirmou. O seu partido reconhece a existência de escolas de qualidade em Pernambuco, mas elas são “exceção” e não podem ser uma “referência”.
fábio rodrigues pozzebom/abr
Campos explica locações em prédio de universidade privada
A escola mostrada não é um dos 1.089 colégios públicas estaduais de Pernambuco. Trata-se do centro universitário Maurício de Nassau, instituição particular do empresário Janguiê Diniz que fica no centro de Recife.
Protagonista da série de inserções do partido que está sendo exibida na TV, o governador de Pernambuco foi duramente criticado ontem nas redes sociais por causa da utilização das imagens de uma escola privada para falar do ensino público local.
O PSB afirmou que as imagens eram apenas “ilustrativas”. Não havia intenção, disse o partido, de mascarar ou mostrar que se tratava de uma escola pública. “A escola foi usada simbolicamente”, afirmou a assessoria de imprensa da legenda. “Foi alocado um local que simbolizava a ideia de escola pública e de alunos em geral”. Ainda segundo representantes do partido de Campos, as equipes do PSB não obtiveram autorização para fazer a filmagem em uma escola pública.
O governador atribuiu à legislação brasileira a opção por usar uma instituição particular. “Estamos pagando pelo excesso de zelo”, disse Campos, segundo quem a empresa que produziu o material preferiu usar a Maurício de Nassau para evitar questionamentos jurídicos. “O entendimento da produtora que foi contratada pelo partido para fazer o programa é que deveria fazer uma produção e não ir a uma escola pública para amanhã não estar se dizendo que foi utilizada uma escola pública.”
O governador alegou que, para fazer as filmagens em prédios públicos, seria necessário “fazer um requerimento e tramitar o requerimento” e não haveria “tempo hábil” para providenciar a documentação. “Poderia ser num estúdio”, disse.
A oposição aproveitou o episódio para criticar o governador: “O PSB expôs Pernambuco a um vexame nacional”, disse a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), uma das poucas vozes de oposição na Assembleia Legislativa. “Pernambuco tem um dos níveis mais baixos de educação no País, está em 16. lugar, atrás de Estados como Amazonas, Tocantins, Roraima e Rondônia”, afirmou, ao citar dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para ela, foi um “erro” a apresentação do programa de intercâmbio para o exterior como se fosse de excelência educacional. “É dinheiro que o Estado está mandando para o exterior e para fazer propaganda”, afirmou. O seu partido reconhece a existência de escolas de qualidade em Pernambuco, mas elas são “exceção” e não podem ser uma “referência”.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário