terça-feira, dezembro 20

Operação desmonta esquema de “mensalão” em Vila Flor











O Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou ontem a "Operação Mensalão da Vila", que investiga o pagamento de vantagem ilícita mais popularmente conhecida por mensalão no município de Vila Flor, uma das menores cidades do Estado, situada no Litoral Sul, distante pouco mais de 70 quilômetros da capital.A operação iniciada nas primeiras horas da manhã, capitaneada pela Assessoria Jurídica Judicial da Procuradoria-Geral de Justiça e pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) mobilizou 22 promotores de Justiça, em parceria com a Polícia Militar.
A mobilização deu cumprimento a 19 mandados de buscas e apreensões, e a nove mandados de prisões preventivas de pessoas supostamente envolvidas em crimes de corrupção e contra a administração pública, devidamente expedidos pelo desembargador Dilermando Mota.
Após cinco meses de investigação e contando com a efetiva colaboração do vereador Floriano Felinto, o Ministério Público conseguiu descortinar um esquema amplo de pagamento de vantagens indevidas a grande parte dos vereadores do município de Vila Flor e promessa de vantagens indevidas, tudo isso pela troca de apoio político em detrimento do exercício da atividade parlamentar.
Com o cumprimento das ordens judiciais foram presos preventivamente após as diligências o prefeito de Vila Flor, Grinaldo Joaquim de Souza; o ex-secretário municipal de Administração Antônio Ivanaldo de Oliveira; o secretário de Obras do município João Felipe de Oliveira; o presidente da Câmara Municipal Pedro Francisco da Silva; e os vereadores Irinaldo da Silva, Ronildo Luiz da Silva, Ailton Passos de Medeiros, Vidalmir Santos Brito e Magno Douglas Pontes de Oliveira.
Mensalão era pago a maioria dos vereadores 
O mensalão de Vila Flor vinha sendo pago a maioria dos vereadores para que eles aprovassem os projetos de interesse do chefe do Executivo e, entre outras coisas, não exerçam atribuição fiscalizatória aos atos do prefeito.
Valor mensal em dinheiro, bem como a distribuição de outros benefícios como o fornecimento de combustível e até mesmo a oferta de empregos na prefeitura eram benesses patrocinadas com recursos provenientes do erário municipal de Vila Flor.
O desembargador Dilermando Mota indeferiu o pedido de levantamento do segredo de justiça da investigação, mas liberou, exclusivamente, a presente divulgação com os vídeos encaminhados.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte concedeu entrevista coletiva ontem, às 11h30, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Candelária, sobre a investigação. O MPRN analisará o material recolhido nas buscas e apreensões e, em tempo hábil, procederá o oferecimento da denúncia acerca dos fatos delituosos investigados.

Fonte: O Mossoroense

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