A Borboleta pousou na Rosa...
O decreto da governadora Rosalba Ciarlini proibindo atos de protesto no Centro Administrativo é de uma pequenez que ultrapassa o atraso mental do próprio DEM. No final da década de 20, o governo Whashington Luís, já nos estertores da República Velha, dizia que "Questão Social é caso de polícia". O Rio Grande do Norte, com o governo Rosalba, regride mais de oito décadas na história. No Brasil, o direito de greve é assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 9º, e regulado pela Lei n° 7.783/89 e, na prática, existe desde o começo do século passado. A liberdade de expressão também. A melhor maneira de acabar com greves é atender às pautas. Esvaziar os motivos mediante o atendimento das demandas. Rosalba não fez por onde acabar greve nenhuma. Os motivos da onda de greves deste ano estão todos vivos e pulsantes. Decreto nenhum vai empatar a existência de greves em 2012. Proibir manifestações no Centro Administrativo só pode ter duas consequências. A primeira delas é a radicalização dos movimentos quando a repressão de se fizer sentir no lombo dos grevistas. A repercussão será maior, a solidariedade dos outros sindicatos, ONGs e demais movimentos sociais. Além disto, tem a blogosfera para divulgar, articular e mobilizar. Ou seja, quanto mais mexer, mais vai feder. A outra conseqüência será, em caso de proibição dura, repressão explícita que possa expulsar na marra os manifestantes de dentro do centro administrativo, o movimento tomará as ruas de Natal, ganhando ainda mais visibilidade. Uma estultícia. Decretar o fim dos movimentos reivindicatórios deixando vivos seus motivos de cunho trabalhista, a saúde esbagaçada, a educação em frangalhos, a segurança assustada, o programa do leite, derramado. É querer tapar o sol com uma peneira. Não é por acaso que a frase da semana é a de Wober Júnior, em sua mensagem natalina, ao lamentar a situação vivida pelo estado neste 2011: "A borboleta pousou na rosa..." Quanto a nós, só nos resta parafrasear Augusto dos Anjos: "Ah. Um urubu pousou na minha sorte!" Democratas, hein?
O decreto da governadora Rosalba Ciarlini proibindo atos de protesto no Centro Administrativo é de uma pequenez que ultrapassa o atraso mental do próprio DEM. No final da década de 20, o governo Whashington Luís, já nos estertores da República Velha, dizia que "Questão Social é caso de polícia". O Rio Grande do Norte, com o governo Rosalba, regride mais de oito décadas na história. No Brasil, o direito de greve é assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 9º, e regulado pela Lei n° 7.783/89 e, na prática, existe desde o começo do século passado. A liberdade de expressão também. A melhor maneira de acabar com greves é atender às pautas. Esvaziar os motivos mediante o atendimento das demandas. Rosalba não fez por onde acabar greve nenhuma. Os motivos da onda de greves deste ano estão todos vivos e pulsantes. Decreto nenhum vai empatar a existência de greves em 2012. Proibir manifestações no Centro Administrativo só pode ter duas consequências. A primeira delas é a radicalização dos movimentos quando a repressão de se fizer sentir no lombo dos grevistas. A repercussão será maior, a solidariedade dos outros sindicatos, ONGs e demais movimentos sociais. Além disto, tem a blogosfera para divulgar, articular e mobilizar. Ou seja, quanto mais mexer, mais vai feder. A outra conseqüência será, em caso de proibição dura, repressão explícita que possa expulsar na marra os manifestantes de dentro do centro administrativo, o movimento tomará as ruas de Natal, ganhando ainda mais visibilidade. Uma estultícia. Decretar o fim dos movimentos reivindicatórios deixando vivos seus motivos de cunho trabalhista, a saúde esbagaçada, a educação em frangalhos, a segurança assustada, o programa do leite, derramado. É querer tapar o sol com uma peneira. Não é por acaso que a frase da semana é a de Wober Júnior, em sua mensagem natalina, ao lamentar a situação vivida pelo estado neste 2011: "A borboleta pousou na rosa..." Quanto a nós, só nos resta parafrasear Augusto dos Anjos: "Ah. Um urubu pousou na minha sorte!" Democratas, hein?
Fonte: Jornal de Fato
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