domingo, setembro 14

Perdeu, mané, porque vamos combinar que o Jair Bolsonaro é o maior mané da história brasileira

 

Foto: Luis Pedruco/Futura Press

Por Mário Sabino*

As suas bravatas golpistas, a sua atração quase erótica por fardas, a massa que o espelhava nas suas perversões autoritárias, nas suas psicopatias (amplo leque), os rastros dos trapalhões do inner circle inconformados com a derrota nas urnas — olha, foi até fácil colocar o mané e os outros otários na cadeia, bastando ligar pontos para escrever uma historinha e dar um tranco na Constituição, mas ninguém se importa com isso.
Ao contrário do Lula, que só errou ao ir com muita sede ao pote, mas já se redimiu, o mané do Bolsonaro não percebeu que a democracia brasileira é vencedora desde que José Sarney assumiu a presidência no lugar de Tancredo Neves. Karma is a bitch.
Otário, vê se entende, mas vai ser difícil: a democracia brasileira só precisa parecer em vertigem de vez em quando para ter dias históricos a intervalos regulares, sempre na garantia de que tudo mudará para que tudo continue como sempre foi, com o perdão da falta de originalidade literária, mas ninguém se importa com isso.
Bolsonaro, o mané, deu a sua contribuição ontem, quando o STF o condenou, vencendo o fascismo, olha só, business as usual. Mais um dia histórico sem solenidades, porque isso aqui ô, ô, é um pouquinho de Brasil iá, iá.
Digo, o Flávio Dino foi com os sacrifícios enfrentados pelo Alexandre de Moraes; o Alexandre de Moraes devolveu com o jogo do Corinthians contra o Atlético Paranaense, naquela infelicidade geral de condenar pessoas, não é fácil, a gente só está rindo aqui, fazendo graça, para disfarçar a tristeza, caramba, e tudo se acabar na festa de aniversário da Cármen Lúcia, com o Luís Roberto Barroso cantando um sambinha, das antigas, por favor.
Muito mané, o Bolsonaro. Agora chora vendo o sol nascer quadrado, otário, e espera sentado o Trump mandar os marines para te salvar.

*É jornalista do Metrópoles.

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Fonte: Blog Bruno Barreto

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