sexta-feira, agosto 22

BLOQUEIO DO FPM ATINGE 16 MUNICÍPIOS; CIDADES FICAM SEM REPASSE ATÉ REGULARIZAR PENDÊNCIAS



O terceiro decêndio de agosto do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi transferido nesta quarta-feira (20), com valor total de R$ 1,3 bilhão. Mas Guamaré e mais 15 cidades brasileiras não terão acesso ao recurso, porque estão com o repasse bloqueado no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional.


Quando um município entra no sistema, a prefeitura fica impedida de receber qualquer ajuda financeira da União. O impacto é ainda maior em cidades pequenas e médias, que dependem quase exclusivamente do FPM para manter suas contas em dia.


Segundo o especialista em orçamento público e mestre em políticas públicas pelo Ipea, Dalmo Palmeira, o bloqueio pode comprometer até o funcionamento básico da administração municipal:


“Para os municípios que são muito dependentes do FPM, praticamente significa a paralisação do funcionamento das atividades básicas do município. Em muitos deles, a maior despesa é com pagamento de pessoal. Então, se isso permanece durante algum tempo, acaba atrasando a folha de pagamento.”


Quem está na lista?


Até 17 de agosto, os municípios bloqueados eram:


Viçosa – AL


Gavião – BA


Ubatã – BA


Igarapé Grande – MA


Alfenas – MG


Prainha – PA


Tucuruí – PA


Uruará – PA


Juarez Távora – PB


Campo Alegre do Fidalgo – PI


Arapongas – PR


Cabo Frio – RJ


Petrópolis – RJ


Canguaretama – RN


Guamaré – RN


Malhador – SE


Com exceção de Cabo Frio (RJ), todos os municípios estão bloqueados há menos de um mês. No caso da cidade da Região dos Lagos, a situação é mais grave: desde janeiro, a prefeitura está impedida de receber valores do FPM. Apesar de ter grande parte da receita proveniente de royalties do petróleo, o bloqueio impacta diretamente o caixa municipal. A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Cabo Frio para esclarecer os motivos da restrição, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


Como desbloquear o repasse?


O bloqueio não significa perda definitiva dos recursos. Os valores ficam apenas retidos enquanto persistirem as pendências. Para reverter a situação, os gestores precisam identificar junto ao órgão responsável – Receita Federal, INSS ou tribunais – a causa do bloqueio e, em seguida, regularizar a situação. Só então o repasse é liberado.


Com informações do Brasil61.com

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