sábado, outubro 26

DEBATE INTERTV: A estrela e o coadjuvante, por Valério Andrade

 

Foto: Augusto César Gomes/g1

Se o debate eleitoral da televisão fosse um filme ou uma novela, Natália Bonavides teria ganho o Oscar de melhor atriz. E Paulinho Freire teria ficado com o Oscar de melhor coadjuvante.

Como se esperava, até por ser o seu último trunfo, numa luta que está perdendo por pontos, Natália subiu no ringue para vencer a luta por nocaute.

Usou todos os truques dos candidatos do PT. Bateu firme, durante todos os assaltos, inclusive com socos abaixo da cintura, mas o adversário não balançou, nem caiu.

Mostrou que, se não é carismático, também não é amador, nem medroso.

Houve até uma afronta pessoal. Nas vezes em que Paulinho estava falando no centro do palco, Natália ficava ao lado dele, com aquele provocante olhar do deboche.

Um recurso pessoalmente deselegante para quem vendeu no horário eleitoral a imagem de uma Branca de Neve que distribuía sorrisos, abraços e beijos com os eleitores. E de ser a candidata da alegria.

Se alguém mudou no debate não foi Paulinho Freire, foi Natália Bonavides, que, ao tirar a máscara do sorriso da simpatia eleitoral, apareceu com a raivosa cara da Rainha do desenho de Walt Disney.

Previsão: quem ia votar em Natália vai votar na candidata de Fátima – o que não será suficiente para tirar o favoritismo do candidato de Álvaro Dias.

É improvável que o que aconteceu com Carlos Eduardo aconteça também com Paulinho Freire.

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