
O livro que leio é o meu cais. Espero um batel de leitura que me leve por um mar revolto, enquanto imagino imagino por onde vai minha imaginação. Os personagens usam canoa, o oceano é o caminho do autor em seu roteiro estranho.
Tudo ali está idealizado, nada é real, mas o leitor introjeta em si o raciocínio do autor e viaja com velas içadas.
Ler é praticamente isso, ler é desgarrar-se da realidade e viver a memória do tempo, seja ela falsa ou não. Eu espero adivinhar o final da história seja ela agradável ou martirizante. Afinal o leitor é o dono do livro. Quantos livros adormecem nas bibliotecas, quantos livros foram queimados durante a II Guerra, quantas ideias deixaram de virar livrs, quantos livros que estavam prontos para serem editados e foram abordados! Seguro o livro que leio, e o aperto contra o meu peito.
Talvez quem sabe, sua história saia dele, suba as nuvens, se transforme em neve, e caia por essas bandas revelando o Natal.
CHICO TORQUATO
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