quarta-feira, dezembro 24

Fruticultura domina exportações do RN à Europa e responde por quase 74% do total


Foto: Adriano Abreu

A fruticultura potiguar foi responsável por quase três quartos das exportações do Rio Grande do Norte para a União Europeia entre janeiro e novembro de 2025. No período, o setor movimentou US$ 153,9 milhões, o equivalente a 73,7% dos US$ 275 milhões exportados pelo estado ao bloco europeu, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Melões, melancias, mamões, mangas e bananas lideram a pauta.

O desempenho garantiu ao RN um superávit expressivo de US$ 140,3 milhões na balança comercial com a UE e reforça o papel estratégico do agronegócio na economia estadual. Além das frutas, também aparecem na lista de exportações produtos como óleos combustíveis, querosene de aviação, minérios de tungstênio e granito, mostrando uma base produtiva diversificada, ainda que fortemente ancorada no agro.

Para o secretário de Agricultura, Guilherme Saldanha, o estado vive um momento histórico. Ele afirma que o RN é hoje o maior exportador de frutas do Brasil e projeta que o setor feche o ano próximo dos US$ 200 milhões em vendas externas. “Isso tem impacto direto na geração de emprego e renda e na atração de investimentos, especialmente em polos como o Baixo-Açu”, destacou.

Já o presidente do Coex-RN, Fábio Queiroga, atribui os números à qualidade da produção e ao bom momento da safra. Ele lembra que o setor superou gargalos da pandemia e agora vive plena capacidade de exportação, especialmente para a Europa, enquanto o mercado americano segue afetado por barreiras tarifárias. “A expectativa é fechar 2025 com chave de ouro e preparar um 2026 ainda mais promissor”, disse.

Apesar dos resultados, o presidente da Faern, José Álvares Vieira, faz um alerta. Segundo ele, o setor opera no limite, pressionado por custos elevados, exigências sanitárias rigorosas e problemas logísticos. “Sem políticas públicas que garantam crédito, infraestrutura e segurança jurídica, o RN corre o risco de perder competitividade em um mercado global cada vez mais exigente”, afirmou.

Com informações da Tribuna do Norte

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