terça-feira, julho 29

O caso do criminoso tentando matar a namorada com mais de 60 socos e a guerra contras as mulheres


Foto: reprodução/rede sociais

Não foi uma agressão. Foi uma tentativa de feminicídio. As imagens que chocaram o Rio Grande do Norte e repercutiram em todo Brasil são de um homem grande e forte espancando uma mulher indefesa em um elevador.

Igor Cabral é um ex-jogador de basquete que se converteu naquela tarde de sábado em um criminoso que está preso preventivamente por tentativa de feminicídio.

Foram mais de 60 socos que deformaram o rosto de uma mulher de 35 anos, cuja identidade será preservada a pedido. A justificativa para o crime foi que ele estava num surto de claustrofobia.

A verdade sobre a motivação do crime está na entrevista dada pela mulher que disse que ele estava acometido por um ataque de ciúmes.

Ela sofreu múltiplas fraturas e passará por uma série de cirurgias para reconstituir o rosto.

A mulher só não morreu porque o segurança do condomínio chamou a Polícia Militar ao identificar o crime pelas câmeras de segurança.

É o sentimento de posse de homens que se julgam acima do bem e do mal que leva a esse tipo de crime. Tudo isso é resultado de uma cultura machista e misógina.

Por mais que se lute contra isso, ainda temos números assustadores. Em 2024 foram 1.450 feminicídios no Brasil, 12 a mais que no ano anterior.

Cerca de quatro mulheres morrem por dia no Brasil pelo simples fato de serem mulheres.

Enquanto os homicídios reduziram 5,4% no Brasil, os feminicídios aumentaram 0,7%.

A taxa de feminicídio chegou a 1,4 por 100 mil mulheres. Há uma verdadeira guerra invisível contra as mulheres no Brasil.

Há muito que lutar contra isso e não é só endurecendo penas que vai resolver. É preciso fomentar uma mudança de cultura. Não é fácil enfrentar isso porque há na Internet toda sorte de coachs de masculinidade pregando barbaridades que no final das contas promovem o discurso de inferiorização das mulheres.

Preciso enfrentar a cultura machista que empodera esse tipo de gente.

Fonte: Blog Bruno Barreto

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