quinta-feira, julho 26

POETA LINO SAPO SATIRIZA OLIGARQUIAS POLITICAS DO RN

Meu Rio Grande do Norte Onde fica tua porteira? Pra essa gente guerreira Se livrar dessa má sorte Pois não há quem mais suporte Servi as oligarquias Cheias de demagogias Enganando nossa gente De forma covardemente Prometendo melhorias Oh, meu pobre Rio Grande Administrado tão mal Herança medieval Que na eleição se expande Com quatro famílias no estande Se alternando no poder Fazendo a gente sofrer Na base da vassalagem Um feudo de vadiagem Que o progresso fez morrer Rio de belas alegrias De um tempo que passou Teu rosado desbotou Orquestrado em parcerias Com Alves, Maias, Farias. Maltratando-nos sem dó Da central ao Seridó Causando um Potiguacídio Promovendo fratricídio Reduzindo a gente a pó Oh, meu esplêndido estado Que expulsou lampião Hoje anda na contra mão Sofrendo desgovernado Há tempo foi raptado Tratado como curral No processo eleitoral Vira pequeno riacho Um Refém do cambalacho Dos que só nos fazem mal Oh, minha terra querida Onde corre o Potengi Ostentando o Cabugi No presente, tão sofrida. Sangrando pela ferida Dos que fazem do poder Meio de sobreviver De maneira hereditária E de forma autoritária Impedem nosso crescer Meu lindo solo sagrado Chão de Alzira Soriano Que sofre a cada ano Com seu povo feito gado Produto nesse mercado De campanhas eleitorais Com coronéis municipais Que a nossa venda compete Cento e sessenta e sete São os exatos currais Oh, Meu pequeno elefante De Felipe Camarão Miguelinho, Fabião. E Jesuíno brilhante Desse povo fascinante Figuras de nossa história Muito vivas na memória Dessa gente potiguar Querendo se libertar Do cabresto dessa escória Oh, Rio Grande do Norte. Filho macho do nordeste Lutando contra essa peste Que nos levará pra morte Mas nossa gente é forte Já aprendeu dizer não Fugindo do acordão Desses clãs parasitários Não vamos mais ser otários. Pra vocês nessa eleição Aqui nasceu o Brasil Cascudo e Militana Com Tanta gente bacana Moldando nosso perfil Desse povo varonil Que expulsou o holandês Nós não somos de burguês Merecemos mais respeito Se não tiver outro jeito Expulsaremos vocês
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Adendo - O poeta bem que devia incluir outras oligarquias que se formaram ao longo deste tempo, explorando associações, sindicatos e outros movimentos organizados de forma partidarizada para se locupletarem no poder: deputados, prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e outros de menores expressões vivendo as custas das misérias coletivas. A safra de opções é duvidosa, frágil e escassa: se nos livramos dos tradicionais tubarões, corremos o risco de fortalecer a camada de oportunistas que vem se formando na sombra destes maiores. Preste atenção que tem gente que entrou na politica apenas com a vida e a coragem hoje vive esbanjando riqueza e poder em cima dos mais humildes!

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