segunda-feira, julho 30

Sem corrupção - “Atire a primeira pedra o político que nunca usou”, diz Henrique sobre caixa 2

Em sua primeira fala pública após deixar a prisão, ex-ministro Henrique Alves revelou, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, que a prática é corriqueira entre os políticos do País
Ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB)
O ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB), recém-solto pela Justiça após onze meses de prisão preventiva e mais um mês de recolhimento domiciliar, por suposto envolvimento em irregularidades investigadas na operação Manus, admitiu que arrecadou recursos via caixa dois durante sua campanha ao Governo do Rio Grande do Norte em 2014.
Em sua primeira fala pública após deixar a prisão, Henrique revelou, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, que a prática é corriqueira entre os políticos. “Atire a primeira pedra qual político nunca utilizou no Brasil. Eu assumi que cheguei a usar. Assim recebi e assim usei”, destacou o emedebista.
A defesa de Henrique alega na Justiça Federal, onde corre o processo da operação Manus, que não houve contrapartida por parte do político no recebimento dos recursos pelas empreiteiras, por isso não haveria corrupção tipificada. “Espero que esse processo seja deslocado para a Justiça Eleitoral e lá eu possa dar as explicações necessárias”, diz Henrique.
O ex-deputado federal criticou ainda o que chamou de “criminilização da política”. “A acusação tenta criminalizar as doações de campanha. Recebemos doações lícitas, registradas, legais… A criminalização dessas doações (…) pode gerar uma grave distorção no País”, reclamou.
Sobre as eleições de 2018, o emedebista afirma que decidiu não concorrer a nenhum cargo e se afastar da vida partidária para se dedicar à defesa. “Eu pedi ao senador Garibaldi [Alves Filho]. Achava que era a hora de ele presidir, experiente que é, o diretório estadual do partido”.
“Reunido com minha família, minha mulher, meus filhos e advogados, após essas conversas, decidi que nesta eleição meu papel será apenas de eleitor. Vou participar como todo cidadão brasileiro no dia da eleição. Não serei candidato, não terei diretamente qualquer participação. Este ano tenho zero articulação política, zero de qualquer ingerência. Apenas muita torcida para que meu MDB seja mais uma vez um partido vitorioso”, concluiu o ex-ministro.
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