Em agosto do ano passado, quando ainda sonhava em firmar uma parceria eleitoral com o PT, Ciro Gomes declarou que uma chapa com o petista Fernando Haddad na sucessão de 2018 seria um “dream team”. Em entrevista com Haddad, o El Pais indagou: Essa ideia morreu na praia? E ele: “Não sei se se aplica o termo morrei na praia. Não saiu nadando, está na ilha ainda.''
Haddad acrescentou: ''Eu fui contemporâneo do Ciro na Esplanada dos Ministérios, mantenho com ele até hoje excelentes relações, e me aproximei muito do Cid quando ele foi governador. Então tenho muito respeito e admiração pelos Ferreira Gomes. São pessoas de valor, e essa afinidade acaba gerando este tipo de desejo, o que é natural.”
Ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff e ex-prefeito de São Paulo, Haddad coordena a elaboração do programa de governo do PT. Perguntou-se também a ele se estaria confortável para assumir a vaga de candidato do PT ao Planalto depois do provável enquadramento de Lula na Lei da Ficha Limpa.
Haddad não se deu por achado: “Olha, nós estamos nos valendo da jurisprudência do TSE para levar a candidatura do Lula a registro. Ele vai escolher o seu vice. E nós aguardamos duas decisões importantes: do TSE com relação ao registro, e em caso de negativa uma liminar no Supremo para garantir esse registro. Antes disso o debate está… Esse debate sobre substituição não é feito. Não há reunião sobre isso dentro do PT.''
Lula não considera a hipótese de ter de deflagrar o Plano B? “Ele não discute o assunto, pelo contrário. Ele reafirma sua inocência, sua vontade de ser candidato, seu desejo de presidir o país”, declarou Haddad. Quer dizer: só por um milagre Lula abriria caminho para a formação de uma chapa reunindo um petista e seu suposto amigo Ciro Gomes.
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