Secretário municipal de Assú afirma que Conferência Estadual de Cultura foi exemplo de desorganização
Assú - Um espetáculo deprimente e que foi marcado até mesmo pela abominável prática de compra de voto por ocasião do processo de eleição dos delegados que representarão o Rio Grande do Norte na etapa nacional. Assim foi a 3ª Conferência Estadual de Cultura, realizada dias 26 e 27 de setembro passado, em Natal, segundo o depoimento do secretário municipal adjunto de Cultura da Prefeitura do Assú, artista plástico Gilvan Lopes de Souza.
O auxiliar da gestão local considerou que o evento foi pautado pela absoluta desorganização do início ao fim e que tal situação chegou a ser admitida publicamente por membros da coordenação que esteve à frente do evento. Ele integrou a delegação do município presente à Conferência. "Tristemente, foi uma das piores Conferências já acontecidas no Estado", disparou o integrante do primeiro escalão da Prefeitura assuense.
Ele frisou que, diante do que pôde testemunhar, não é possível esperar nenhum resultado positivo advindo da realização. Gilvan Lopes criticou o número excessivo de pessoas na Conferência, inclusive, segundo suas colocações, pessoas que sequer foram eleitas como delegados para ali comparecer. "Não se objetivou as verdadeiras metas que iriam encaminhar a Conferência", lamentou o representante do setor cultural do município.
Para ele, a demonstração patente do total desinteresse do Governo do Estado com o evento foi a ausência não apenas da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), mas, principalmente, da secretária extraordinária de Cultura, Isaura Rosado. "Não apareceu ninguém para justificar essas ausências [de Rosalba e Isaura] e a coordenação não sabia o que fazer e houve até falta de material para os grupos de trabalho", completou Gilvan Lopes.
No entanto, na interpretação do secretário, o que pode ser considerado mais condenável na Conferência foi a constatação de que a maciça maioria dos presentes se interessou unicamente em candidatar-se a fazer parte da representação do Estado que irá à Conferência Nacional, em Brasília, às expensas do erário público. E, neste contexto, foram inúmeros os candidatos que partiram para o expediente da compra de voto para conquistar a vaga.
DENÚNCIA
"Houve várias propostas de compra de voto, e é ridículo que isso aconteça (...) havia uma clareza muito grande das pessoas de se elegerem para participar, à custa do Estado, da Conferência Nacional", arrematou. Gilvan Lopes disse que, apesar dos pesares, a microrregião do Vale do Açu acabou conseguindo eleger um signatário que fará parte da caravana potiguar na etapa nacional. Concorreram representações de um total de nove microrregiões do Estado. O nome de Assú é o do ativista teatral e cultural Delzir Campelo.
Fonte: O Mossoroense
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