
Uma comissão independente de inquérito do Conselho de Direitos Humanos da ONU acusou Israel nesta terça-feira (16) de estar cometendo genocídio na Faixa de Gaza.
Segundo a comissão, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o presidente Isaac Herzog e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant "incitaram ao genocídio" na Faixa de Gaza e as autoridades israelenses "não adotaram medidas contra eles para punir essa incitação".
O relatório é divulgado no mesmo dia em que Israel iniciou sua ofensiva terrestre contra a Cidade de Gaza, acompanhada de uma intensificação dos bombardeios contra a cidade.
A comissão de três membros afirmou que quatro dos cinco critérios da Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio foram cumpridos.
A comissão foi criada pelo Conselho de Direitos Humanos, o principal órgão de direitos humanos da ONU, mas não fala pelas Nações Unidas. A equipe foi liderada pela ex-secretária de direitos humanos da ONU, a sul-africana Navi Pillay.
As conclusões da comissão são as mais recentes acusações de genocídio contra o governo de Netanyahu, enquanto Israel continua sua guerra contra o grupo radical palestino Hamas que já matou dezenas de milhares de pessoas em Gaza.
Embora nem a comissão, nem o conselho de 47 países-membros para os quais ela trabalha possam tomar medidas contra um país, as conclusões podem ser usadas por promotores do Tribunal Penal Internacional (TPI) ou da Corte Internacional de Justiça (CIJ), um órgão da ONU.
RESPOSTA DE ISRAEL
O Ministério do Exterior de Israel afirmou que "rejeita categoricamente esse relatório distorcido e falso".
"Três indivíduos servindo como representantes do Hamas, notórios por suas posições abertamente antissemitas – e cujas declarações horríveis sobre judeus foram condenadas no mundo todo – divulgaram hoje outro 'relatório' falso sobre Gaza", acrescentou o ministério.
📸 REUTERS/Mahmoud Issa
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