
A relatoria do projeto de anistia, agora sob a responsabilidade do deputado Paulinho da Força (Solidariedade), está no centro de um acordo político que pode redefinir o futuro do país, segundo análise do jornalista Carlos Andreazza, colunista da BandNews FM.
Para Andreazza, a articulação envolve figuras proeminentes como o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o deputado Aécio Neves (PSDB). O objetivo seria transformar a proposta inicial de anistia em um "projeto de lei da dosimetria", buscando a pacificação nacional.
Segundo o colunista, Paulinho da Força foi investido na função não apenas por seus pares, mas recebeu o aval e os parabéns de Temer e Aécio. Uma reunião entre os três selou o novo direcionamento da proposta.
O projeto, como aponta Andreazza, deixaria de focar no perdão puro e simples para se concentrar em uma revisão das penas, o que representa uma mudança estratégica para viabilizar sua aprovação e diminuir as resistências políticas.
Essa nova abordagem, a agora apelidada de "PL da Dosimetria", visa, na prática, criar um "pacto republicano" que incluiria o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo Lula. Para Andreazza, a ideia é costurar um acordo amplo que, embora não conceda o perdão, revisaria as sentenças para beneficiar, marginalmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), evitando prisão em regime fechado e, possivelmente, convertendo-a em domiciliar.
O jornalista destaca que esse arranjo visa um cenário em que Bolsonaro ficaria "encostado", aguardando uma eventual vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 2026, para, então, buscar um indulto presidencial.
No entanto, de acordo com o Andreazza, essa costura política cria um ambiente propício para o surgimento de dissidências na direita. O colunista avalia que a base bolsonarista mais radical, com um discurso antissistema, dificilmente, aceitará um acordo que envolva figuras do establishment.
📸 José Cruz/Agência Brasil
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