quinta-feira, outubro 14

Análise: Raphinha dá nova cara à seleção e Tite mostra que não tem medo de seguir renovando

 Brasil goleia o Uruguai com formação ofensiva que encaixou muito bem e termina rodada das Eliminatórias com chave de ouro e pé na Copa

O Brasil fechou com chave de ouro a rodada tripla das Eliminatórias da Copa do Mundo de outubro. Depois de uma virada no sufoco diante da Venezuela e um empate sofrido com a Colômbia, a seleção de Tite derrotou o Uruguai com um futebol bonito de se ver e bem jogado em termos táticos: um sonoro 4 a 1 que levou a equipe aos 31 pontos na tabela, o que deixa a classificação para o Qatar muito bem encaminhada. O grande personagem do jogo em Manaus com torcida foi o gaúcho Raphinha, do Leeds United, autor de dois gols em sua primeira partida como titular.

Se a vaga no Mundial é praticamente certa, o novo movimento de renovação de peças parece a principal tônica desta convocação. Que contou com a recuperação de Neymar, com gol e atuação coletiva destacada. E noite inspirada de Paquetá. Mas foi Raphinha quem deu nova cara e novo ritmo ao Brasil. Apesar da mesma base da equipe e outros nomes de confiança de volta, como Fred, Tite mostra que não tem medo de seguir em busca de novas soluções. Gabriel Jesus foi a aposta no comando do ataque na formação 4231, promoveu movimentação com os demais, mas sem tanta precisão nas finalizações. Gabigol foi chamado e entrou no segundo tempo para deixar o dele.

Frio e certeiro foi mesmo Neymar ao receber passe em profundidade de Fred, dominar no peito, driblar o goleiro e chutar cruzado sem ângulo no começo da partida. Liso e ligeiro esteve Paquetá, com jogada pela ponta esquerda, de poucos toques na bola, o suficiente para deixar Neymar de cara para o gol. No rebote, Raphinha foi veloz para completar o lance. O trio dava intensidade, trocava de posição e mantinha um volume do ataque brasileiro poucas vezes visto. Do outro lado, o Uruguai marcava com duas linhas recuadas, mas frouxas. E não conseguia fechar os espaços nas laterais.

No segundo tempo, Oscar Tabárez congestionou mais o meio, mas o Brasil seguiu bem superior. Tanto ofensiva quanto defensivamente. O lateral Emerson e o zagueiro Lucas Veríssimo aproveitaram bem a oportunidade, assim como Fabinho, firme em seu terceiro jogo seguido. Com a entrada de Gabigol e Antony, o gás e o poder de decisão se renovaram. Neymar teve duas chances claras e desperdiçou. Mas foi solidário para servir Raphinha em contra-ataque fulminante. Apos gol de falta de Suárez, o camisa 10 deu novo passe para Gabigol, de cabeça, dar números finais. O Brasil terminou o jogo com incríveis 22 finalizações, 13 no gol!

Agora, a seleção volta a se reunir em novembro, para jogos contra Colômbia e Argentina, que podem confirmar matematicamente a vaga na Copa de 2022.

O GLOBO:

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