ADÉLE HUGO - A FILHA DE VICTOR HUGO
SÍMBOLO DA DEPRAVAÇÃO
Adéle Hugo, a filha mais nova do celebre escritor Victor Hugo, viveu uma história marcada por amor não correspondido e isolamento auto-imposto. Sua vida começou com a promessa de um futuro brilhante, mas terminou no mais longo silêncio registrado por amor.
Na sua juventude, Alede apaixonou-se perdidamente por Albert Pinson, um tenente britânico que não compartilhava seus sentimentos. Sua obsessão por ele levou-a segui-lo até Nova Escócia, Canadá, onde passou anos perseguindo uma relação que nunca existiu. Pinson, longe de retribuir, manipulou-a e aproveitou-se do seu dinheiro até finalmente abandona-la a sua sorte.
Sozinha e sem recursos, Adéle vagueou pelas ruas de Nova York, confusa e desorientada, até que a polícia a encontrou e a levou para um hospital. Lá os médicos a identificaram como filha de Victor Hugo e diagnosticaram com aminesia. Ela foi repatriada para a França, mas a mulher que voltou não era a mesma: Completamente devastada, tomou a decisão de nunca mais falar.
Seu pai comovido e desesperado, tentou 35 anos fazê-la quebrar seu silêncio, mas seus esforços foram em vão. Adéle permaneceu em um mutismo absoluto por 65 anos, tornando-se um símbolo de devastação emocional causada pelo amor não correspondido.
Morreu em 1915, mergulhada no seu mundo de memórias e fantasias, sem ter voltado a pronunciar uma palavra. Sua história, cheia de dor e romantismo trágico, continua um lembrete do poder do amor e da fragilidade da mente humana.
CLARICE CAMARGO
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