Se há uma coisa que ninguém pode reclamar é de ter sido ludibriado por Lula e seu partido nestas eleições. Desde que começou a proferir o que realmente pensa, ele deixou bem claras as suas intenções de torrar dinheiro do contribuinte como se não houvesse amanhã. Porém, estatisticamente, haverá vários amanhãs e todos os brasileiros – os que deram o cheque em branco a Lula e os que não deram – terão de trabalhar ainda mais para pagar os rombos que prometem vir com tudo nos próximos anos.
O partido “progressista” que prega que “o amor venceu” deve estar, na verdade, comemorando outra vitória: a de ter o poder de revogar avanços e ressuscitar atrasos. O partido da “tolerância” tem quase tudo que precisa para obrigar o trabalhador a “contribuir” com mais um imposto. Um, inclusive, do qual o brasileiro já havia se livrado.
Em 2017, por meio da Lei 13.467 (Lei da Reforma Trabalhista), a Contribuição Sindical se tornou facultativa, ou seja, o trabalhador passou a ter o direito de autorizar ¬– de forma voluntária – o desconto do valor equivalente a um dia de trabalho por ano. Os valores revertidos aos sindicatos chegaram à cifra dos R$ 3 bilhões, mas depois da alteração na CLT, apenas 2% dos trabalhadores optaram por contribuir voluntariamente, fazendo com que os sindicatos perdessem 98% de sua receita.
É, no mínimo, curioso ver como o Partido dos Trabalhadores não vê o menor problema em arrancar – de forma obrigatória – dinheiro do bolso de quem já deixou claro que não quer pagar. Acredito que se o trabalhador visse valor no serviço que os sindicatos prestam – ou dizem prestar – não deixaria de contribuir, porém, é a falta de motivo e a sensação de dinheiro jogado fora que parecem fazer com que apenas dois de cada 100 concordem com a cobrança.
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