quinta-feira, outubro 18

François Silvestre - SABE TUDO E MAIS UM POUCO

O caráter coletivo
O brasileiro, em matéria política, tem caráter pastoso. Ora, amolece e toma a forma do recipiente. Ora, enrije e fica gelatinoso. Nesse momento, toma partido, se descabela, briga e faz intrigados. Daqui a um ano, ou até menos, estará “desiludido”, falando mal de todos os políticos. Dizendo que ninguém presta, tudo é ladrão e incompetente. Esquece até em quem votou. Até que chegue outra eleição e tudo se reverta. Talvez por isso os políticos não levem a sério essa “irritação”. Sabem que o caráter coletivo do brasileiro tem a mesma solidez e merece a mesma credibilidade das promessas e princípios dos políticos.
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Adendo do blog - Convivi três anos e meio na Casa do Estudante, onde o casarão da cultura servia de hospedaria as estudantes pobres vindo do interior, tendo como presidente Silvestre Gomes, irmão do advogado, escritor, poeta e ex-preso politico François Silvestre. 
Fui testemunha ocular da grande luta destes jovens sonhadores que dava até a vida por um Brasil melhor e sem roubalheiras públicas. 
Lembro de outros nomes consagrados deste incansável período de opressão: Ivaldo Caetano, Jaime Ariston, Gileno Guanabara, Nuremberg Borja e outros de libertária coragem de enfrentar o desafiador regime, entre os comunistas de carcaça dura contra o regime conheci o operário Bento Ventura e o médico Vulpiano Cavalcanti. Fui um simpatizante deste grupo de sonhadores, sem idade e amadurecimento ideológico estes não me deixaram entrar para o Partidão.
Ao ler este contraponto de François Silvestre sinto o seu desencanto, a decepção espelhada em cada palavra depois que Brasil fez a retomada da redemocratização: nomes como Lula, Zé Dirceu, Zé Genoíno, Dilma Rousseff e outras estrelas da esquerda, queimaram sua biografias de luta, se contentando em roubar a nação pra dizerem que fizeram tudo isto para tirar os menos favorecidos da linha de pobreza. 
Valeu meu caro contemporâneo, entre o que praticaram atos de coragem para serem heróis e depois se transformarem em vilões, enriquecendo com os cargos públicos, pra mim não existe diferença entre malfeitores da esquerda ou da direita. 
O importante é que saiamos do ciclo vicioso da demagogia e da roubalheira consentida com a nação tendo a chance ser controlada por ações de ordem e progresso.

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