sexta-feira, agosto 19

Brasil ganha ouro no vólei de praia e ainda sonha em ficar entre os 10 maiores medalhistas

Folha/SP
O Brasil retomou o alto do pódio do vôlei de praia.
Com Alison, 30, e Bruno Schmidt, 29, o país volta a conquistar o ouro olímpico após Jaqueline e Sandra, em Atlanta-1996, e Ricardo e Emanuel, em Atenas-2004.
A terceira conquista veio após a dupla brasileira vencer os italianos Paolo Nicolai e Daniele Lupo por 2 sets a 0 (parciais de 21/19 e 21/17) na madrugada desta quinta para sexta-feira (19), na arena de Copacabana, no Rio.
Sob chuva, os italianos começaram melhor, abriram 5 a 1, mas os brasileiros viraram o placar no 9 a 8 e se mantiveram à frente no set.
No segundo set, novamente melhor início da dupla da Itália. Com destaque para o bloqueio e a defesa, os europeus abriram 8 a 5.
Sem o ataque de Alison funcionar, Bruno salvou na defesa. Quando o parceiro voltou a bloquear bem, o Brasil virou no 15 a 14.
Até o fim, embalados pela torcida, foi só festa.
“Estou exausto. Há duas semanas sem conseguir dormir. Só dormindo quatro horas por dia. Pai, dedico o título a você. Por três vezes eu quis parar tudo e você não deixou”, disse Bruno à Globo.
O pai de Bruno, Luiz Felipe, é jogador amador de vôlei.
QUADRO DE MEDALHAS
Faltando três dias para o fim dos Jogos Olímpicos, o Brasil terá disputa acirrada com cinco países para cumprir a meta do COB (Comitê Olímpico do Brasil) de concluir os Jogos no top 10 do quadro de medalhas.
O comitê almeja que o país encerre a Olimpíada entre os dez primeiros colocados considerando o total de medalhas, independentemente da cor de cada uma.
O Brasil inicia esta sexta (19) com 15 medalhas, na 13ª colocação. Na quinta (18), as conquistas foram na vela, com Martine Grael/Kahena Kunze (ouro na classe 49er FX), e na canoagem, com Isaquias Queiroz (bronze na C1 200 m). A mais recente, de ouro, veio com a dupla de vôlei de praia Alison/Bruno Schmidt.
Também em 13º, com os mesmos 15 pódios, aparecem a Nova Zelândia e o Cazaquistão. Em 12º, com 16 medalhas, está a Holanda. Em 16º, a Hungria, com 14.
Os décimos colocados são a Coreia do Sul e o Canadá, com 18 medalhas cada um.
A Itália, nona na tábua de classificação por esse critério (24 conquistas), dificilmente será alcançada. Projeção feita pela Folha indica que os países que lutam pela décima posição têm chance de atingir até 23 pódios.
O Brasil já tem assegurada ao menos mais uma láurea porqueo futebol masculino é finalista.
Até domingo, os brasileiros tem chance maior de medalhar na canoagem de velocidade (dupla Isaquias Queiroz/Erlon de Souza), no futebol feminino (jogará pelo bronze), no vôlei masculino (é semifinalista) e na marcha atlética de 20 km (Érica Sena). Nesta sexta, três cavaleiros do país tentam surpreender na final individual do hipismo (saltos). Medalhista de bronze em Londres-2012, Yane Marques está entre as cotadas no pentatlo moderno.
TORCIDA CONTRA
Paralelamente a ampliar suas conquistas, o Brasil tem de torcer por fracassos dos rivais, especialmente da Coreia no taekwondo e do Canadá no atletismo, hipismo e canoagem.

Os sul-coreanos detêm o favoritismo no golfe feminino e podem subir ao pódio na luta. Os canadenses terão um confronto direto com o Brasil, pelo bronze no futebol feminino.
A Holanda tem mais uma medalha certa, pois a equipe feminina de hóquei sobre a grama está na final. O país pretende ampliar suas lauréas com hipismo, boxe e atletismo.
Os maiores trunfos da Hungria são a canoagem (chance de quatro medalhas), o polo aquático feminino e o pentatlo moderno masculino. No lançamento do martelo, Krisztián Pars é o atual campeão olímpico e está na final.
Atletismo, hóquei sobre a grama feminino e golfe feminino são as modalidades nas quais a Nova Zelândia aposta. O Cazaquistão fica fora da corrida. Dificilmente irá além das 18 medalhas, já que restam poucos esportes nos quais é favorito.
META MANTIDA
Antes do início da Olimpíada, o diretor-executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire, disse que o Brasil tinha atletas para “brigar por 22 a 29 medalhas”.
Nesta quinta (18), ele afirmou à Folha que a meta de o país ser top 10 “está mantida”. “Matematicamente é possível, sim, como venho dizendo desde 2009.”
 Fonte: BG

Nenhum comentário:

Postar um comentário