Decisão do Supremo cheira mal, afirma deputado do PSB
Brasília (AE) - O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), defendeu a alteração no modelo de indicação dos ministros do Supremo Tribunal Federal Albuquerque, um dos parlamentares mais próximos do pré-candidato do partido à Presidência, Eduardo Campos (PSB), disse que a decisão da Corte de derrubar condenação por formação de quadrilha de políticos envolvidos no mensalão “cheira mal”.
“A decisão do STF é uma decisão que cheira mal. Ou o Supremo tomou uma decisão política da primeira vez ou tomou uma decisão política agora. Abre um precedente muito difícil de ser compreendido pela opinião pública”, afirmou.
Para o líder do PSB, a nova interpretação do Supremo no julgamento “dá a sensação de decepção, de impunidade”.
A indicação dos ministros do Supremo, a mais alta corte do País, é de competência exclusiva do presidente da República. Albuquerque sugere a instituição de mandatos “de oito ou dez anos” para ministros do STF e disse que o PSB pretende debater o assunto na campanha presidencial. “A indicação do dr. (Luiz) Fux está aí para nos lembrar disso”, afirmou o deputado, se referindo à suposta garantia que Fux teria dado a petistas - antes de ser nomeado ministro por Dilma - de que votaria a favor deles no processo do mensalão. O ministro nega que tenha dado qualquer garantia nesse sentido.
Campanha
Apesar das críticas do líder na Câmara, integrantes do PSB dizem que o partido não pretende abordar o tema mensalão na campanha. “Se alguém tocar no assunto mensalão, não seremos nós. Nossa campanha, como oposição, será focada em apresentar os problemas do Brasil e as soluções. Ética não é uma bandeira, como o PT fez no passado, ética é uma obrigação. A opinião pública é bem informada, faz o seu próprio julgamento dos fatos”, afirmou o primeiro-secretário nacional da legenda, Carlos Siqueira.
A opção por este caminho tem outra justificativa: Eduardo Campos era ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula quando estourou o escândalo e deixou na época o posto para fazer a linha de frente da defesa dos petistas no Congresso Nacional.
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a derrubada das condenações pelo crime de quadrilha desgasta e ameaça a credibilidade do Supremo, especialmente dos nomeados por Dilma.
“Fica claro para a sociedade que esta não foi uma decisão estritamente técnica, mas política, proferida sobretudo pelos (ministros) recém-nomeados por esse governo atual. Isso só aumenta a irritação da maioria dos eleitores. Não creio que essa decisão de derrubar a condenação por formação de quadrilha seja favorável para a candidatura do PT”, afirmou o tucano.
Na análise dos recursos chamados embargos infringentes, o Supremo absolveu do crime de formação de quadrilha oito réus, entre eles os petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Para Dirceu e Delúbio, a decisão que reviu entendimento da primeira fase do julgamento, em 2012, os livrou do regime fechado. O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, criticou os colegas que votaram pela absolvição.
Júnior SantosAliados de Eduardo Campos criticam absolvição de petistas
“A decisão do STF é uma decisão que cheira mal. Ou o Supremo tomou uma decisão política da primeira vez ou tomou uma decisão política agora. Abre um precedente muito difícil de ser compreendido pela opinião pública”, afirmou.
Para o líder do PSB, a nova interpretação do Supremo no julgamento “dá a sensação de decepção, de impunidade”.
A indicação dos ministros do Supremo, a mais alta corte do País, é de competência exclusiva do presidente da República. Albuquerque sugere a instituição de mandatos “de oito ou dez anos” para ministros do STF e disse que o PSB pretende debater o assunto na campanha presidencial. “A indicação do dr. (Luiz) Fux está aí para nos lembrar disso”, afirmou o deputado, se referindo à suposta garantia que Fux teria dado a petistas - antes de ser nomeado ministro por Dilma - de que votaria a favor deles no processo do mensalão. O ministro nega que tenha dado qualquer garantia nesse sentido.
Campanha
Apesar das críticas do líder na Câmara, integrantes do PSB dizem que o partido não pretende abordar o tema mensalão na campanha. “Se alguém tocar no assunto mensalão, não seremos nós. Nossa campanha, como oposição, será focada em apresentar os problemas do Brasil e as soluções. Ética não é uma bandeira, como o PT fez no passado, ética é uma obrigação. A opinião pública é bem informada, faz o seu próprio julgamento dos fatos”, afirmou o primeiro-secretário nacional da legenda, Carlos Siqueira.
A opção por este caminho tem outra justificativa: Eduardo Campos era ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula quando estourou o escândalo e deixou na época o posto para fazer a linha de frente da defesa dos petistas no Congresso Nacional.
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a derrubada das condenações pelo crime de quadrilha desgasta e ameaça a credibilidade do Supremo, especialmente dos nomeados por Dilma.
“Fica claro para a sociedade que esta não foi uma decisão estritamente técnica, mas política, proferida sobretudo pelos (ministros) recém-nomeados por esse governo atual. Isso só aumenta a irritação da maioria dos eleitores. Não creio que essa decisão de derrubar a condenação por formação de quadrilha seja favorável para a candidatura do PT”, afirmou o tucano.
Na análise dos recursos chamados embargos infringentes, o Supremo absolveu do crime de formação de quadrilha oito réus, entre eles os petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Para Dirceu e Delúbio, a decisão que reviu entendimento da primeira fase do julgamento, em 2012, os livrou do regime fechado. O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, criticou os colegas que votaram pela absolvição.
Fonte: Tribuna do Norte
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