sábado, novembro 23

Eleições do PT poderão ter reviravolta, e grupo de Fátima espera vencer

Diretório estadual se reúne neste sábado para analisar recursos apresentados. Maioria dos membros seria apoiadora de Olavo Ataíde, candidato da deputada federal.


Por Dinarte Assunção
Mineiro participa de deliberações sobre recursos. (Foto: Wellington Rocha)
Mineiro participa de deliberações sobre recursos. (Foto: Wellington Rocha)
A conturbada eleição interna do Partido dos Trabalhadores poderá ter um novo capítulo que começará a ser escrito neste sábado (23), data para a qual está marcada a reunião do diretório estadual da legenda, que conta com 47 membros, 26 dos quais seriam apoiadores de Olavo Ataíde, segundo estimativa dele próprio. Candidato que chegou a ser proclamado presidente e depois perdeu o posto para a reeleição de Eraldo Paiva, Ataíde acredita que ainda poderá haver uma reviravolta.
A aposta é que as cidades cujos votos foram desconsiderados sejam reintegradas à contagem final de votos. Se isso acontecer, inevitavelmente a vitória de Olavo deverá ser proclamada. Em contagem paralela, ele contabilizou 2013 votos, contra 2004 de Eraldo Paiva. “Nunca foi costume do PT desconsiderar os votos”, protestou Olavo.
Embora a reunião seja só amanhã, as tensões já começaram a ser emitidas hoje. Nesta sexta-feira, a executiva estadual, que é subordinada ao diretório, se reuniu para analisar os 29 recursos apresentados por ambas as chapas que disputaram o Processo de Eleições Diretas do PT. A análise deve tomar a madrugada.
Como entendem que de nada pode valer a decisão da executiva, os partidários de Ataíde, ligados à deputada Fátima Bezerra, esvaziaram a reunião e deixaram apenas os membros ligados ao deputado estadual Fernando Mineiro, presente na análise, na condução dos trabalhos.
“Hierarquicamente a executiva é subalterna. A reunião de amanhã vai acontecer para tratar dos mesmos temas que estão sendo tratados agora”, registrou Olavo, que expôs ainda sua descrença em fraudes no processo de eleição.
Em troca de acusações na imprensa, as chapas acusaram uma a outra de tentativa de manipulação do processo. Foram divulgadas irregularidades eleitorais como número de sufrágios discrepante do de pessoas aptas à votação, por exemplo. Para ele, não houve dolo, mas falhas que deverão ser superadas nos processos posteriores.
Em razão de presidir os trabalhos da reunião da executiva, Eraldo Paiva não pode falar com a imprensa.
Fonte: Portal no Ar

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