O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira (23) que “não permite receber agressões gratuitas” de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A fala se dá em reação às críticas dos magistrados a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita poderes da Corte na Casa Alta na quarta-feira (22). O congressista disse que não vai comentar as declarações.

“Não me permito debater e nem polemizar nada dessas declarações dos ministros do STF, porque eu considero que o STF não é palco e arena política. É uma casa que deve ser respeitada pelo povo brasileiro”, disse a jornalistas.

Em tom duro, Pacheco disse que ninguém ou nenhuma instituição tem o monopólio da defesa da democracia e que as instituições “não são intocáveis” no país.

“Eu quero dizer que ninguém e nenhuma instituição tem o monopólio da defesa da democracia no Brasil. Porque aqui desse púlpito do plenário do Senado Federal eu, como presidente, defendi o STF, defendi a Justiça Eleitoral, defendi as urnas eletrônicas, defendi os ministros do STF, defendi a democracia do nosso país. Repeli todas as manifestações antidemocráticas, inclusive a que substanciou ops ataques do 8 de Janeiro, que nos sofremos. Mas isso não significa que as instituições são intocáveis em razão de suas atribuições”, disse.

O presidente do Senado afirmou que a PEC tem caráter estritamente técnico. Segundo ele, a PEC é um “aprimoramento absolutamente saudável”. O congressista fez um apelo pela leitura e compreensão da proposta “antes que haja qualquer tipo de exploração de cunho político” do tema.

Com informações de Poder 360