O sociólogo pernambucano Gilberto Freire leu o romance "Ulysses" de James Joyce, em 1922 em Paris e escreveu dois artigos a respeito do romance.
Nota-se que a leitura de Gilberto Freire, contém agudas observações sobre a relação de Ulysses com o despertar do amor físico e a crise religiosa e discute o interesse de Joyce pela história íntima e a literatura de autorevelacão.
Apesar de não mencionar Valéry Larbaud, pioneiro na crítica da obra de Joyce, Gilberto Freire está informado da recepção crítica da obra, e escreveu " Ao livro formidável que é Ulysses, conheci-o em Oxford, onde sua atualidade intensa era a inquietação de certos chás.
Joyce quis tomar do fenómeno da vida um fôlego largo e forte, e para fixa-lo como que adaptou ao romance o ritmo da arquitetura medieval
"Ulysses é complexo como uma catedral. Não lhe encontro melhor comparação.
Gilberto Freire também leu, com entusiasmo " O retrato do artista quando jovem", espécie de ensaio-escola de Joyce para o maís complexo "Ulysses".
CHICO TORQUATO
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