A cuidadora de idosos que fingiu ser enfermeira e aplicou doses de vacinas em 57 empresários do setor de transporte de Belo Horizonte, em Minas Gerais, ganhou liberdade provisória neste sábado (3). Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas foi liberada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que aceitou habeas corpus feito pela defesa dela. Cláudia foi detida na última quarta-feira (30) pela Polícia Federal (PF). As informações são do G1 Minas Gerais.
A decisão que determinou que a cuidadora seja solta foi tomada pela desembargadora Ângela Catão. Cláudia é acusada de ter vacinado os empresários em uma garagem da família Lessa, que comanda grande parte das empresas de transporte da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Uma das três linhas de investigação da PF sobre o esquema de vacinação clandestina envolvendo políticos e empresários do setor de transporte de Belo Horizonte está ganhando. Isso está acontecendo à medida que a Operação Camarote avança e com a descoberta de que os imunizantes aplicados não seriam realmente contra a Covid-19.
“Pelos indícios do material que foi identificado, tudo indica que seja material falso”, disse o delegado Rodrigo Morais Fernandes.
Procurada, a defesa de Cláudia Mônica não se manifestou sobre o assunto. Um laudo da Polícia Federal comprovou que parte do material apreendido na casa de Cláudia é soro fisiológico. Nenhum indício de vacina contra Covid-19 foi encontrado até o momento.
Robson Lessa e Rômulo Lessa admitiram que organizaram a imunização que seria contra Covid-19. O valor cobrado por duas aplicações foi de R$ 600.
O Dia – iG
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