segunda-feira, dezembro 8

“Pessoas do RN, Paraná e Paraíba organizam crimes”, diz juiz caicoense ao Fantástico

henrique fantastico
Uma investigação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o Ministério Público descobriu como as ações da quadrilha que age dentro e fora dos presídios do estado de São Paulo se ramificam por todo o país, em especial no Nordeste, e se espalham pela América do Sul, de acordo com reportagem do “Fantástico” exibida neste domingo (7).
Durante dez meses, policiais acompanharam conversas telefônicas entre presos de diversas cadeias do Brasil planejando negócios e conseguiram mapear as rodovias e cidades por onde ocorre o tráfico de drogas antes de ser distribuída em diversos estados. A investigação do MP mostrou também que a facção passava quase que diariamente orientações para os criminosos do Nordeste.
A operação começou no Rio Grande do Norte, onde a quadrilha atua desde 2010, e chegou a São Paulo, Paraná e Paraíba. Ao todo, foram decretadas 223 prisões: 154 criminosos já estavam na cadeia e receberam voz de prisão dentro da própria cela. Segundo o superintendente da PF no Rio Grande do Norte, Marcelo Montenegro, a droga em do Paraguai, passando pelos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e chega na Bahia, de onde é distribuída para outros estados do Nordeste. “Também há uma rota que passa por São Paulo”, diz Montenegro.
Durante a investigação foram apreendidas quase 20 toneladas de droga. “Nós temos aí 75 flagrantes nesses últimos 10 anos, produzidos a partir das informações do Ministério Público”, diz o superintendente da PF. A negociação esbarra em um problema já identificado pelas autoridades, mas ainda sem solução. “Dentro do presídio, com o telefone celular, eles controlam tudo. E, incrível, o telefone celular entra dentro. Se o Estado infelizmente não tem a vontade de enfrentar o crime organizado, resulta nisso aí”, diz o juiz da Vara de Execução Penal, o caicoense Henrique Baltazar Vilar dos Santos.
Postado por Robson Pires

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