sábado, setembro 6

DILMA E MARINA: DONA MARIQUINHAS E DONA MARICOTA


Carlos Chagas
Na semana que termina hoje, Marina confirmou estratégia já adotada na anterior: não levar desaforo para casa, ou seja, rebater todas as farpas lançadas pelos seus adversários. Pode estar cometendo um erro, porque se Dilma e Aécio não perdem um dia sem criticá-la, é porque estão desesperados com a perspectiva da derrota. Já ela, Marina, como favorita, nenhum motivo tinha para fazer o jogo dos oponentes. Caiu na armadilha deles. Coincidência ou não, deixou de crescer nas últimas pesquisas, ainda que conserve números capazes de assegurar-lhe a vitória. Só que por enquanto, ignorando-se a evolução das consultas populares nas próximas semanas.
Claro que acusações à sua integridade pessoal precisavam e precisam ser respondidas, mas simples provocações, nem tanto. Apenas ensejam a troca de agressões num embate onde a candidata do PSB parece a maior prejudicada.
Enquanto isso, todos perdem tempo. Deixam de levar ao eleitorado propostas básicas que poderiam diferenciá-los e serviriam para aumentar seus votos. Que interesse tem para o eleitor saber que Marina pronunciou palestrar ao longo dos últimos quatro anos, recebendo por elas, no total, um milhão e seiscentos mil reais? Ou que seu programa de governo coincide em certos aspectos com iniciativas tomadas pelo então presidente Fernando Henrique? Contraditar as alegações de que lhe falta experiência administrativa? Ou que seu partido jamais formará maioria no Congresso? Como, também, que prejudicará os bancos públicos deslocando a política de crédito para as instituições privadas? Para essas e outras acusações melhor seria que Marina anunciasse planos para retomar o desenvolvimento ou para proteger a floresta amazônica sem atrasar o progresso da região.
De qualquer forma, adiantam pouco ou nada essas considerações, porque a candidata mergulhou nas tertúlias inócuas. Esqueceu-se de que despontou meteoricamente na corrida presidencial sem precisar defender-se. Apresentar projetos de governo e particularizar soluções para crises graves na economia obteria muito melhores resultados do que ficar como dona Mariquinhas e dona Maricota, lá no subúrbio, ofendendo-se diante da cerca que divide seus jardins porque a goiabeira de uma dá mais frutos do que o cajueiro da outra.
QUEM MORRERÁ PELA PÁTRIA?
É do general George Patton, herói da Segunda Guerra Mundial, o comentário de que bom soldado não é o que morre pela pátria, mas o que faz o inimigo morrer pela dele.
O PT não está desenvolvendo os esforços que deveria para manter maioria na Câmara dos Deputados. Envolvidos na campanha presidencial, os companheiros descuidam-se das eleições para o Congresso. No final, nem uma coisa nem outra…

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