quinta-feira, abril 17

CANDIDATOS IMPOTENTES


Carlos Chagas 
Todos estão devendo. Nem Dilma, nem Aécio, nem Eduardo, muito menos os demais penduricalhos deram uma palavra sequer a respeito da questão que mais preocupa os brasileiros. Fala-se da segurança pública. Ou da insegurança que atinge o país inteiro. Não há pesquisa que não revele essa evidência: mais do que a saúde, a educação, a falta de transportes coletivos, a corrupção e a impunidade, é a insegurança que puxa a fila. E não apenas nas grandes cidades, como Rio e São Paulo. No interior também se registra a mesma intranquilidade.
Até pouco o cidadão ainda conseguia refugiar-se em sua casa para evitar assaltos, balas perdidas e latrocínio. Hoje não consegue mais. Multiplicaram-se as invasões a condomínios, de luxo ou não, tanto faz se nos subúrbios ou em bairros sofisticados. Não há um estabelecimento comercial imune a assaltos nem um posto de gasolina que não tenha sido visitado por bandidos. Escritórios, também, para não falar nos transeuntes que, de dia ou de noite, ficam expostos a trombadinhas e trombadões. Nos ônibus, tornou-se rotina a entrada de menores e maiores com armas na mão.
Não dá para dizer que sempre foi assim porque não foi. Claro que ladrões existem desde que o mundo é mundo, em todos os quadrantes. Desse jeito, porém, nem na velha Chicago.
Sucessivos governos vem mostrando cada vez mais leniência e inação diante do crime, organizado ou não. Por certo que o tráfico de drogas ampliou o raio de ação da bandidagem, A registrar, no entanto, está o sentimento de abandono que assola a sociedade.
Vem, assim, a indagação: se nenhum dos governos passados conseguiu minorar o caos, obterão sucesso os próximos, quaisquer que sejam? Pelo jeito, os candidatos já reconhecem antecipadamente o fracasso. Nenhum deles anuncia uma simples iniciativa no sentido de restabelecer ao menos parte da paz a que temos direito. Sequer prometer ampliar as estruturas dos aparelhos de segurança eles prometem. Inclusive, ou principalmente, a presidente Dilma.

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