terça-feira, outubro 28

A política brasileira, segundo o calendário do futebol


Foto: reprodução 

O futebol é melhor metáfora para explicar a política e no caso do Brasil chega a ser didático recorrer a paixão nacional para ser fazer entender.

Veja o caso da política de 2025 usando o calendário do futebol brasileiro e as suas nuances aplicadas a política.

Estamos terminando outubro, em plena reta final das competições em que as expectativas do início do ano começam a ser ou não confirmadas.

Usando os assuntos recorrentes do futebol brasileiro eu diria que o bolsonarismo em 2025 é como aquele time que começou o ano voando, ganhando o campeonato estadual e iludindo a torcida.

Traduzindo: o bolsonarismo começou 2025 emplacando a fake news da taxação do pix e levando a popularidade de Lula à lona.

Mas a máxima dos comentaristas de futebol afirma que campeonato estadual não serve de parâmetro para o Brasileirão.

Dito e feito!

Quando o jogo começou a ser jogado onde importa, o bolsonarismo foi perdendo força, sofreu baixas no elenco desunido e começou a perder. Na reta final está lutando contra o rebaixamento, com o seu principal jogador suspenso por indisciplina e reclamando da arbitragem.

Traduzindo: o bolsonarismo abusou do uso da mentira como estratégia, perdeu capilaridade eleitoral, viu Bolsonaro ser condenado a 27 anos por golpe de estado, seus membros protagonizam brigas nas redes sociais e acabou ironicamente ajudando a fazer a popularidade de Lula subir.

O centrão é aquele time de meio de tabela, que não disputa o título nem luta contra o rebaixamento, mas pode ajudar ou atrapalhar. É aquele time que tem muita mídia, grana e conta com o apito amigo. Mas não consegue alcançar os seus objetivos.

Traduzindo: o centrão consegue atrapalhar ou ajudar o governo quando interessa, mas não consegue ter um líder que seja protagonista no cenário nacional. Quando tenta emplacar uma pauta gera revolta popular como no caso da PEC da bandidagem.

Já o governo é aquele time que não deu muita bola para o campeonato estadual e pagou caro por isso sendo eliminado na Copa do Brasil para um clube de menor investimento, provocando a ira da torcida. Mas repatriou alguns jogadores do exterior e subiu de produção ao longo da temporada. Não tem nada ganho, dificilmente vai ser campeão brasileiro, mas está na briga por uma vaga na libertadores.

Traduzindo: o governo se recuperou ao longo do ano e contou que ajuda do tarifaço da Trump, ganhando um bom discurso. A popularidade de Lula subiu e agora ele lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno com boa margem. Ainda não dá para comemorar como se a eleição está garantida, mas o pior já passou.

O futebol brasileiro tem tudo a ver com a política nacional. Né não?

Fonte: Blog Bruno Barreto

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