terça-feira, outubro 15

LEILÕES INICIAIS GERAM R$ 1 MILHÃO EM NEGÓCIOS NA FESTA DO BOI

 


Com dois leilões já realizados nos primeiros dias da Festa do Boi 2024 movimentando cerca de R$ 1 milhão em negócios, as expectativas em torno do balanço geral de vendas de animais do evento neste ano são positivas, segundo os organizadores. Com ainda mais outros três leilões marcados para esta semana, a previsão é de ultrapassar R$ 3 milhões em vendas em 2024, com expectativa de superar as margens de 2023. Ao todo, 70 animais foram vendidos.


Até agora, foram realizados os leilões da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) e o leilão da ANQM (Associação Norte-Rio-Grandense de Cavalos Quarto de Milha), ambos tradicionais na Festa do Boi. No da ANQM, por exemplo, dos 39 lotes leiloados, pouco mais de 20% saíram para compradores de outros estados, como Pará, Bahia, Paraíba e Pernambuco.

“Nos leilões da ANQM e da Emparn já superamos os valores de 2023. Ao todo vamos leiloar cerca de 200 animais na Festa do Boi”, explica Tiago Tourão, diretor técnico da Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores (Anorc).

Na avaliação de Eduardo Melo, leiloeiro e vice-presidente da Anorc, a venda de animais do RN para outros estados confirmam o caráter nacional da feira. Nos próximos dias estão previstos os leilões “Genética Potiguar”, “Evolução” e encerrando com o leilão “Sindi Estrelas”.

“Vamos ter um leilão muito grande nesta terça das raças Zebuína, Sindi, Nelore, Guzerá e Gir. Vai ser um leilão espetacular com um alto nível de gado e padrão brasileiro. Quem quiser melhorar seu rebanho, fazer grandes negócios e investir no melhor da genética potiguar, provada e comprovada, convido a vir ao leilão”, acrescenta.

Festa do Boi

Com a expectativa de alcançar R$ 80 milhões em movimentação econômica neste ano, a 62ª edição da Festa do Boi reúne mais uma vez a tradição, os negócios e a diversão em somente em um único espaço, o Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.

Promovido anualmente pela Associação Norte-Rio Grandense de Criadores (ANORC), o evento se tornou um marco no calendário da agropecuária do Rio Grande do Norte e hoje também é considerado a maior exposição do setor no Nordeste. Em 2024, a Festa ganha um dia a mais e estará pronta para receber o público entre os dias 11 e 19 de outubro.
 
Wesley Monteiro, mestre alambiqueiro da cachaça Serra de Martins, do Oeste potiguar, expõe seus produtos no Espaço Sebrae Origens | Foto: Alex Régis

Espaço Sebrae Origens tem 51 expositores

Parceiro da Festa do Boi há 30 anos, o Serviço Brasileiro de Apoio ao Microempreendedor (Sebrae-RN) está na festa com o Espaço Sebrae Origens, tendo 51 expositores de várias cidades do Rio Grande do Norte.

Segundo João Hélio Cavalcanti, diretor técnico do Sebrae, o objetivo do espaço é apresentar para a sociedade produtos e pequenas empresas do Rio Grande do Norte para o público da Festa do Boi.

“Para valorizar o que temos de melhor e aprsentar ao mercado esses produtos e produtores, eles precisam cumprir algumas regras do jogo de mercado, como certificação, aumentod e produtividade e lucratividade, todo o cuidado com a sustentabilidade. São produtos que têm potencial no nosso mercado local do RN e região Nordeste. Mas para isso requer uma ação nossa do Sebrae de apoio e estratégica para que eles possam alcançar outros mercados de forma gradativa, consciente e sustentável”, explica João Hélio Cavalcanti.

No espaço estão dispostos vários produtores, entre desenvolvedores de cachaças, cervejas, queijos, farofas, geleias, mel, rapaduras, entre outros produtos.

Quem está expondo pela primeira vez é o Wanklin Santos, que criou a Blend Pepper, uma marca de geleias, catchup e mostarda no RN. A ideia é criar uma linha industrial, mas mantendo o conceito gourmet dos produtos.

“Nossa empresa trabalha com molhos de pimenta e geleias com pimenta ou sem. Nossos produtos são artesanais e gourmet. Temos uma linha de mostarda e catchup com goiabada. Estamos no mercado há três anos. Tudo somos nós que produzimos, eu, minha esposa Kátia e minha irmã. Já temos ficha nutricional, código de barras, estamos procurando melhoramento alimentar. Nossa proposta é ter um produto artesanal mas com linha artesanal. Não trabalhamos com aromas nem ácidos”, explica.

Outro que expõe no Espaço Sebrae Origens é Wesley Monteiro, mestre alambiqueiro da cachaça Serra de Martins, do Oeste potiguar. Atualmente a cachaça possui cerca de cinco rótulos e aumentou sua produção em 3.000 litros de cachaça no ano passado.

“Temos as cachaças envelhecidas, a prata, a de mel de abelha e o rum. Somos os primeiros do RN a fabricar rum e cachaça com mel de abelha. Estamos há quatro anos no mercado. Pessoal tem provado e gostado”, explica.

Há espaço também para cervejas artesanais, como é o caso da cervejaria Bonnah Bier, que têm quatro rótulos de cervejas e dois estilos. A ideia é fazer cervejas mais clássicas. Uma das produções recentes foi a Arenítica, que foi criada em parceria com o Geoparque Seridó, fazendo referência ao arenito localizado no topo da Serra de Santana.

“Temos uma produção em torno de 2 mil litros/mês, mas é uma produção que oscila. Preferimos estar sempre com o estoque mais novo para sempre ter uma cerveja mais jovem com frescor maior. Lançamos esse rótulo, a Arenítica, e estamos distribuindo nas nove cidades do Geoparque Seridó”, acrescenta.

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