Morre hoje um pedacinho do glamour, da história da sociedade potiguar, da elegância, da foto de qualidade; Lolita Rêgo, aos 85 anos, convivendo com o Mal de Alzheimer já há alguns anos.
Lolita foi a primeira mulher a trabalhar profissionalmente com fotografia no Rio Grande do Norte.
Deu origem a uma família de fotógrafos, a mais talentosa imortalizada com os filhos Giovanni Sergio e Alenuska, os netos Renan e Giovanna. Além do marido, o jornalista e professor da UFRN, saudoso Joanilo de Paula Rêgo.
Em entrevista ao blog Sem Leriado, em 2009, Giovanni falou sobre o pioneirismo da mãe:
Seu pai começou a trabalhar logo com fotografia?
GIOVANNI – Não. A fotografia na minha família não é ele, é mamãe, Lolita. A família já tem três gerações de fotógrafos. Minha mãe, Lolita Rêgo, eu e a minha irmã Alenuska Rêgo, e agora o meu filho Renan Rêgo, que tem vinte anos e fotografa em São Paulo. Mamãe nunca foi exatamente uma dona de casa. Minha avó materna foi a grande matriarca. Minha mãe tocava piano, pintava. Então ela se interessou pela fotografia. Papai, que sempre gostou de livros (a maior biblioteca da cidade é dele) começou a abastecê-la de livros e revistas. Natal não tinha livros de fotografia, ele mandava buscar no Rio de Janeiro. As coisas que ele lia, mostrava para ela ler. Mas minha mãe é quem era a artista. Ele não. Ela era a intuitiva, ele não. Ele lia, tentava aplicar algumas das técnicas, mas não era o artista da fotografia. A coisa dele era ligada mais a palavra, era jornalista. Ele fotografava raramente. No jornalismo, na nossa profissão, a valoração da palavra é muito maior que a da imagem. Apesar do valor, da importância da imagem.
O velório será às 15 h no Cemitério Morada da Paz.
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