Dilma negocia ministérios com aliados
De olho na campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff começa nesta
semana conversas com líderes de partidos aliados para discutir a reforma
ministerial. Os dois principais aliados, PT e PMDB, serão os primeiros
com quem a presidente vai tratar das mudanças.
Dilma avisou o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que tem hoje almoço
marcado com o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que ele será chamado
esta semana para falar do troca-troca.
Além de ocupar as vagas de ministros que deixarão os cargos para fazer
campanha, Dilma vai tentar contemplar os pleitos dos partidos pensando
na composição para a disputa da reeleição e no tempo de TV das legendas
na propaganda eleitoral.
O plano é conquistar o dobro do tempo dos adversários. Para a próxima
semana, são esperadas conversas com representantes do PTB, Pros e PP. A
ideia da presidente é abrir espaço na Esplanada para o PTB, que não
ocupa um ministério desde 2009, e para o recém-criado Pros.
O Ministério da Integração é a pasta mais cobiçada e alvo de disputa
entre os integrantes da base. O ministério está nas mãos de um interino
desde que Fernando Bezerra, do PSB, deixou o cargo em 1º de outubro do
ano passado.
O partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, desembarcou do
governo petista de olho na disputa pelo Planalto. Para 2014, estão
reservados para a Integração R$ 9,3 bilhões, sendo 78% para
investimentos.
O PTB quer emplacar na pasta o presidente da legenda, Benito Gama. O
PMDB almeja ver o senador Vital do Rego comandando o posto. Até o PP,
hoje à frente das Cidades, cobiça o ministério.
Mas, no jogo da reforma, há pelo menos outros 12 ministérios que devem
ter seus titulares trocados. Sete deles são comandados pelo PT e, na
avaliação do Palácio, são pastas sensíveis, seja pela proximidade com a
presidente (Casa Civil), pelo potencial eleitoral (Saúde), ou pelo
diálogo com o Congresso (Relações Institucionais).
Aliados como o PSD, que comanda a Secretaria da Micro e Pequena Empresa
com uma indicação considerada da cota pessoal de Dilma e não do partido,
não devem ganhar mais espaço na Esplanada.
Folha de São paulo
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