quarta-feira, novembro 7

LIções de José Maria Alckmin


Carlos Chagas

A história já foi contada mas merece ser repetida. Em 1957, José Maria Alckmin era ministro da Fazenda de Juscelino Kubitschek. Debaixo de intensa campanha, aliás, injusta, envolvendo sua participação na condução da política econômica, a mais felpuda das raposas do PSD almoçava no Bife de Ouro, do Copacabana Palace, com um empresário então metralhado pela imprensa, Antônio Sanchez Galdeano.
Na mesa ao lado estava o mestre de todos nós, Pompeu de Sousa, diretor de redação do Diário Carioca, que em dado momento ouviu do ministro que necessitava retirar-se, pois devia depor na Câmara. O jornalista lembrou-se de também ter compromisso no ninho dos deputados e pouco depois saiu.

Qual não foi sua surpresa ao entrar no plenário e ouvir José Maria Alckmin, na tribuna, interpelado por Aliomar Baleeiro, da UDN, responder:

 
“Antônio Sanchez Galdeano? Não conheço. Nunca vi. Se passar por ele na rua, não saberei quem é…”

Pois é. O ministro da Secretaria Geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, negou ter sido vítima de chantagem por um empresário que, nos tempos do governo Lula, queria dinheiro para não revelar detalhes do assassinato do prefeito Celso Daniel. A revelação foi feita por Marcos Valério, dias atrás
“Nunca vi Marcos Valério, nunca falei com ele, nem por e-mail. Por nada. Nunca soube dessa história de chantagem em Santo André” – disse o hoje auxiliar da presidente Dilma.

Naqueles idos do primeiro governo do Lula, Valério era assíduo freqüentador do gabinete de José Dirceu, no quarto andar do Planalto, e contou que não raro desciam para a sala do presidente da República, no terceiro andar. Ao lado da sala de Gilberto Carvalho…

 
### Fonte: Tribuna da Internet



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