História das eleições: cassação, fogo amigo, tabus e acordões

A política é arte de engolir sapos: Cavalcante e Diniz podem fumar o cachimbo da paz. - Foto arquivo.

Da redação. 

Fazendo uma rápida análise das últimas eleições em Carnaubais, observa-se um jogo sujo no tapetão que vem gerando consecutivos cangapés, arrastando o município para a instabilidade política e administrativa. 

Começando por 2012, tivemos o primeiro prefeito cassado, depois de eleito Luiz Cavalcante sentiu o poder escorrer de suas mãos quando seu opositor Dinarte Diniz cruzou os sete mares para derrubar o vencedor nas urnas. 

Consequentemente, em 2015 a justiça eleitoral realizou disputa suplementar com Dinarte Diniz perdendo novamente no confronto com o prefeito interino Junior Benevides, que continuou na prefeitura pelo voto. 

Em 2016, com racha do grupo governista, Dinarte Diniz sacou Dr. Thiago - que estava com nome bom - e que colocou a esposa Marineide como vice, uma estratégia que fortaleceu seu plano de chegar ao poder por tabela. 

Em entrevista ao nosso blog, Dr. Thiago disse que sofreu um ‘abraço de tamanduá’ que o afastou do cargo e causou sua derrota em 2020. - Foto arquivo.

Em 2020, após conseguir afastar o prefeito Dr. Thiago, a família Diniz enfim sentava na cadeira por força de uma decisão judicial e com apoio dos Benevides venceu a eleição com Dr. Gleudinho vice-prefeito. 

Em 2024, com a prefeita Marineide Diniz impedida de disputar a reeleição, Dr. Gleudinho concorreu a prefeitura e venceu contra tudo e contra todos, já que enfrentou vários tipos de oposições, inclusive o ‘fogo amigo’. 

Em relação ao futuro, há sinais de um tenebroso acordão entre ambiciosos rivais que vislumbram voltar ao poder por cima de pau e pedra.

A filosofia de boteco diz que ‘as pessoas entram na política por causa dos amigos e não sai por causa dos inimigos’.

Pois então, será se vão quebrar mais um tabu? É verdade que dois bicudos não se beijam?

Veremos, veremos... Cada eleição é uma história! 

Toni Martins