Os africanos que conquistaram as plantações de Louisiana, não eram apenas trabalhadores forçados. Eles eram sabedoria. Eram memória. Eram cultura. Vindas da África Ocidental e Central - Wólof, Fulbe. Bambara, Mandinga e muitos outros - chegaram acorrentados, mas carregavam consigo séculos de conhecimento. Eles sabiam como cultivar a terra. Como fazer o arroz prosperar onde outros falharam.
Eles trouxeram técnicas ancestrais que transformaram para sempre a economia da Colônia: sem eles, o arroz e o indigo do Lousiana não teriam existido.
A maioria veio da Senegambia, uma região onde o arroz não era apenas cultivo: era identidade. Mas o seu contributo foi muito mais profundo foi muito mais profundo do que o econômico.
Nos fogões, nas canções, nos contos compartilhados sob a lua, sobreviveu uma cultura que se recusou a morrer. Essa resistência deu origem a identidade crioula, a uma mistura única de raízes, europeias e americanas.
Louisiana não foi construída apenas pelos seus corpos, mas pela sua mente e alma. E essa herança, tecida na história, continua pulsando em cada nota de Jazz, em cada prato de gumbo, em cada história contada em voz baixa...para não esquecer.
CHICO TORQUATO
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