quinta-feira, fevereiro 16

O FOCO É CARNAVAL

 

O Brasil é uma pátria que vivemos nossos dias baseados em ciclos de atividades. 
Sejam eles econômicos, como fora na época do pau brasil em nossa descoberta, exploração do ouro, borracha extraindo o látex nos seringais amazônicos, agropecuária nos vales úmidos ou em região de sequeiro com o desenvolvimento rural da agricultura irrigada, descoberta do petróleo e outras formas de energia renováveis.

Temos também ciclos festivos da religiosidade cristã como as  festanças dos padroeiros, comemorações das datas simbólicas de emancipação dos munícipios etc e tal.

Porém, nenhuma delas é mais badalada do que é o nosso carnaval.

São pelo menos 4 a 5 dias ininterruptos de um feriadão com todos caindo na folia. 

Desde o sábado de Zé Pereira, até a chegada da quarta feira de cinzas para se voltar a normalidade.

Na verdade sou um  folião por essência, brinquei muitos carnavais.

Aprecio este ciclo da frevança momesca, desde menino, vendo o bloco de rua formado por Zé Catarina, Tibaro, Chico Dora e Manoel Tatu, fazendo a alegria nas ruas com seus papangus.

Como sucedâneo deste primoroso tempo, sempre que posso auxilio Luiz de Bastinha com seus mascarados ou maracatus, saindo de bodega em bodega, tomando pinga com samba no pé.

Assim como participei de grandes carnavais clubisticos: iniciado nos matinês para adolescente na ACDP em Mossoró e Ipiranga, Clube de Assu em cima da prefeitura e nos salões da quadra da AABB, Lions clube de Macau, Atlântico, Camana, Assem, Albatroz e Alecrim Clube em Natal. 

Isto sem esquecer do Iate clube em Currais Novos, Náutico em Ceará Mirim, Maracangalha em Afonso Bezerra e dos bailes em Pendencias, grupo rural da cidade antiga na minha meninice e na juventude na garagem de Rivadavia.

Isto são pequenas e inesquecíveis recordações, que a memória ainda arquiva e que estando nesta idade com quase 73 anos de vida, o carnaval ainda mora dentro de mim!

Como estou fora de faixa e com uma obesidade, que não permite mais que saia por aí dando meus pulinhos, vou me refugiar no meu canto, tomando umas e outras e aguardando algum amigo que queira me visitar.

Todavia, não podia encerrar estes argumento sem lembrar uma coisa - Carnaval quem faz mesmo é quem gosta. 

Esperar por incentivo público é pra quem não conhece a beleza do carnaval. 

Vejam o exemplo do povo carioca, a maioria trabalha o ano inteiro para comprar sua fantasia e adquirir um espaço no camarote no sambódromo!

E o carnaval da gente vai acontecer na terrinha de santa Luzia e quem gosta, não tendo opção de ir para outras cidades de maior evolução, vai cair na folia , brincar e se divertir.

A verdade é uma só: quem pode - pode! 

E quem não pode se sacode - é pra isto que o carnaval existe!

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