Dando a cara aos bois:
Em matéria publicada no Estadão a colunista Eliane Castanhede afirma que as manifestações golpistas do último domingo na Esplanada dos Ministérios com atos excessivos de vandalismo foram premeditados.
‘Nós vamos colapsar o sistema, nós vamos sitiar Brasília’, disse uma extremista; outro, com nome de Bolsonaro no boné, orientou pichações no Supremo; mais de 1.500 foram presos após ataques contra STF, Congresso e Planalto.
BRASÍLIA - Fotografias, vídeos e trocas de mensagens em grupos restritos comprovam que a invasão ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF) por extremistas foi um ato premeditado e organizado em seus detalhes, e não uma ação espontânea. Nos últimos dois dias, o Estadão analisou cerca de 26 horas de transmissões ao vivo, listas de passageiros de ônibus, postagens em redes sociais e centenas de imagens. O material deixa claro que os manifestantes foram para Brasília dispostos, efetivamente, a invadir as sedes dos três Poderes.
O Estadão identificou a participação de 88 pessoas nas invasões e depredações dos espaços públicos. A convocação para os atos já tinha um propósito golpista estabelecido: “Nós vamos colapsar o sistema, nós vamos sitiar Brasília, nós vamos tomar o poder de assalto, o poder que nos pertence”, disse Ana Priscilla Azevedo, numa live realizada em 5 de janeiro, no acampamento bolsonarista montado no entorno do Quartel General do Exército, em Brasília. Não era um grito isolado. Mensagens de mesmo teor foram reforçadas em centenas de postagens produzidas por manifestantes, que também trataram de destacar o papel de liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a mobilização golpista.

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