O Clássico de Mário Lago e Ataulfo Alves completa 80 anos, virou sinônimo de mulher submissa e quase não é mais tocada.
Aos 91 anos morreu Amélia dos Santos Ferreira, que até o fim da vida, acreditava ser a musa inspiradora da canção Aí, que saudade da Amélia. Composição de Ataulfo Alves e Mário Lago que transformou seu nome em sinônimo da submissão da mulher em relação ao homem.
Amélia trabalhava como empregada doméstica na casa da cantora Aracy de Almeida, cujo irmão conhecido como Almeidinha e era amigo dos compositores.
Um dia, sentados no antigo Café Nice, Almeidinha começou a cantarolar a história de uma mulher que era solidária a seu homem, que passava fome ao seu lado e achava bonito não ter o que comer.
Ataulfo e Mário Lago pensaram isso dá samba e acabou sendo o maior sucesso do Carnaval de 1942, na voz do próprio Ataulfo. A gravação original contou com acompanhamento do grupo Academia do Samba e a abertura de Jacó do Bandolim.
Vinte anos mais tarde Amélia se apresentou a repórteres como a verdadeira Amélia - mulher de verdade. O certo é que todos nós somos Amélia ou Amélio quando estamos apaixonados sendo homem ou mulher. Por isso a Amélia diz: Meu filho o que há de fazer?.
CHICO TORQUATO
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