O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participam nesta sexta-feira, 28, às 21h30, do debate na TV Globo com os candidatos à Presidência no segundo turno. Será o último encontro antes da eleição, domingo, 30. Mediado pelo jornalista William Bonner, o evento será transmitido ao vivo pela TV Globo, pela GloboNews e pelo g1, direto dos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. As regras foram definidas pela organização em parceria com representantes dos partidos.
Presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato pelo PT
O debate será dividido em cinco partes. A ordem em que os candidatos farão as perguntas em cada bloco, assim como as considerações finais, foi definida por sorteio com a presença de representantes das campanhas de Lula e Bolsonaro. 1º e 3º Blocos O primeiro e o terceiro serão de temas livres, com duração de 30 minutos. Cada candidato terá 15 minutos e deverá administrar seu tempo entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. Bolsonaro abre o primeiro bloco e Lula, o terceiro bloco
2º e 4º Blocos
O segundo e o quarto blocos serão de temas determinados e terão duração total de 20 minutos, com dois debates de 10 minutos. Os temas serão escolhidos pelos candidatos entre os seis oferecidos pela TV Globo em um telão. Cada candidato terá cinco minutos para debater e deverá administrar seu tempo entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. Cada tema só poderá ser escolhido uma única vez, sem repetição. No segundo bloco, Lula inicia as perguntas. No quarto bloco, quem começa é Jair Bolsonaro.
5º Bloco
No quinto bloco, cada candidato fará as suas considerações finais. Luiz Inácio Lula da Silva é o primeiro e Jair Bolsonaro, o segundo.
Coletiva de imprensa
Após o término do debate, os candidatos serão convidados à sala de imprensa, onde poderão participar de uma entrevista coletiva com duração de 10 minutos para cada um. Também definida por sorteio, a ordem é: primeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; em seguida, o presidente Jair Bolsonaro.
Transmissão
O debate vai ao ar logo após a novela "Travessia", às 21h30, e pode ser assistido ao vivo pelo g1, na TV Globo, na rádio CBN, além do Globoplay.
Cientistas e analistas políticos ouvidos pelo Estadão relatam dificuldade em prever o comportamento dos candidatos no debate, devido à instabilidade no cenário político. Mas, em geral, os especialistas esperam uma postura mais ofensiva de Bolsonaro, que tem uma necessidade maior de conquistar votos nesta reta final do que Lula.
“Apostaria em um Lula cauteloso e um Bolsonaro ofensivo. No caso do petista, ele precisa tomar cuidado para a cautela não virar apatia, que marcou seu desempenho nos últimos debates”, aponta Claudio Couto, cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Para o cientista político Rodrigo Prando, do Mackenzie, o debate deve ser tenso, pelo fato de ser o último encontro televisivo com o eleitorado. “Por ser o último debate pode ocorrer um nervosismo dos candidatos e isso pode atrapalhar a racionalidade e o planejamento das candidaturas”, disse.
Jair Bolsonaro defende ações na área econômica
Com um esquema de segurança reforçado durante comício em São João de Meriti, na Baixada Fluminense (RJ), o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, voltou a criticar ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de defender ações de seu governo na área econômica
“No domingo, teremos a eleição mais importante do Brasil. É a volta do passado da corrupção ou a manutenção da paz e do trabalho. Temos um presidente que defende a família brasileira e está ao lado do seu povo”, disse, cercado por políticos da região e integrantes da campanha.
O presidente estava no Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira, 26, quando recebeu a notícia da decisão do ministro Alexandre de Moraes. O ministro rejeitara o pedido da campanha para investigar supostas irregularidades em inserções eleitorais por emissoras de rádios, o que teria impactado a propaganda do candidato à reeleição. O mandatário decidiu retornar a Brasília e convocou, às pressas, uma reunião com comandantes das Forças Armadas.
Moraes alegou que os dados apresentados pela campanha de Bolsonaro são inconsistentes. Para ele, a campanha levantou suposta fraude às vésperas do segundo turno “sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova”.
Nesta quinta-feira, 27, o presidente do TSE afirmou que todos os “partidos e candidatos de boa-fé” sabem que não compete à Justiça Eleitoral distribuir e fiscalizar a veiculação das propagandas de campanhas. Sem citar Bolsonaro, disse que cabe às coligações concorrentes acompanhar como rádios e TVs exibem as chamadas inserções – propagandas de 30 segundos veiculadas durante o dia no meio da programação das emissoras.
De volta ao Rio, Bolsonaro manteve as agendas previstas para esta quinta-feira. Ao lado do prefeito de São João de Meriti, Doutor João (PL), do governador reeleito do Cláudio Castro (PL) e de aliados, Bolsonaro voltou a defender medidas tomada pelo governo federal e a criticar o seu adversário, o ex-presidente Lula.
“Temos uma das gasolinas mais baratas do mundo e a criação de 250 mil novos empregos por mês. O Bolsa Familia era de R$ 190 e, agora, o Auxílio Brasil é R$ 600. Somos contra a ideologia de gênero e não queremos liberação das drogas”, disse.
Bolsonaro voltou a pedir que seus apoiadores consigam ao menos três votos até o domingo e que convençam aqueles que não foram votar no primeiro turno.
“Vocês que votaram no primeiro turno, votem de novo. O Brasil é do Nosso Senhor Jesus Cristo. Não aceitamos fechar igrejas”, afirmou.
Conselho derruba redes sociais de juízes
O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, determinou a suspensão das redes sociais de dois magistrados por causa de publicações de cunho político-partidário - o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio, e a juíza Rosália Guimarães Sarmento, do Tribunal de Justiça do Amazonas. As decisões foram tomadas ontem. É a primeira vez que o Conselho Nacional de Justiça adota esse tipo de postura em razão do período eleitoral.
Buhatem responde a uma sindicância perante o CNJ por causa de manifestações que violariam normas da magistratura. Na decisão de ontem, Salomão afirma que o desembargador reincidiu na conduta.
A ordem de suspensão abarca os perfis do magistrado no Twitter e no Facebook. Depois de intimado, ele terá cinco dias para se defender nos autos da sindicância.
Tribuna do Norte
Já em relação a Rosália, o CNJ determinou a suspensão apenas de sua conta no Twitter, na qual ela teria publicado conteúdos em 'apoio a determinado candidato à Presidência da República, ao tempo em que dissemina conteúdo negativo ao outro candidato, atual ocupante do Executivo Federal'.
Tribuna do Norte.
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