Ninguém de bom senso, nega o esforço que se faz para que o vigor da tradição democrática tenha a sua continuidade assegurada.
Como também ninguém nega que toda propensão ao esgarçamento de nossa cultura Liberal esbarra sempre na repulsa popular e se exaure na própria frustração.
Sabemos que durante o regime militar as escolhas dos governadores era feita pela cúpula militar no poder.
Os Estados mandavam listas sêxtuplas com o nome dos candidatos, os quais eram investigados pelo Serviço Nacional de Investigação (SNI).
Neste processo a vida pregressa dos candidatos era vasculhadas plenamente.
No Rio Grande do Norte a lista sêxtupla foi organizada pelo Governador Tarcísio Maia e pelo Senador Dinarte Mariz.
Entre eles os nomes de Dix-huit Rosado, Jessé Pinto Freire, Genibaldo Barros, Antônio Florêncio e outros.
Por último foi colocado o nome de Lavoisier Maia. Feitas as devidas investigações, que na última etapa do processo encontraram no empresário Jessé Pinto Freire, os mesmos vícios de Lula, bebia muito e admirava o mar.
Lá pelos anos cinquenta o empresário Jessé Freire, após uma farra, foi visto nu na praia do meio nas primeiras horas da manhã.
Isto foi o suficiente para que Tarcísio Maia que gozava da amizade íntima do general Golbery do Couto e Silva chefe da casa militar do governo federal, tivesse o mérito de emplacar o nome do primo como preferido.
Então foi escolhido Governador, Lavoisier Maia, que tinha intimidade com Dinarte Mariz e era casado com Wilma Maria de Faria, parenta próxima do Senador.
CHICO TORQUATO
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