O ministro do Planejamento, Romero Jucá, está sob suspeita de tentar barrar as investigações da Operação Lava-Jato. De acordo com reportagem publicada na manhã desta segunda-feira pela Folha de S. Paulo, a Procuradoria-Geral da República tem uma gravação na qual o senador peemedebista, e hoje ministro do governo interino do presidente Michel Temer, conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre deter as investigações da Lava-Jato.
Segundo Jucá, o governo Temer agiria para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava-Jato. Jucá e Machado também são investigados nessa operação.
De acordo coma reportagem, essa gravação foi feita em março deste ano, semanas antes de a Câmara dos Deputados votar pela admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Hoje, o processo está sendo julgado pelo Senado, sob a presidência do Supremo Tribunal Federal.
A gravação em poder da Procuradoria Geral da República teria 1h15 de duração. Por meio de sua assessoria, o ministro Jucá disse que o diálogo mantido com o ex-presidente da Transpetro dizia respeito a um pacto para “destravar a economia do país”. Ele negou que a conversa dissesse respeito à Lava-Jato.
Jucá é citado em delação premida do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O ex-diretor delatou a participação de 27 políticos, entre eles Jucá, que teria participado do esquema de recebimento de propina efetuado por empreiteiras beneficiadas por contrados na Petrobras. Machado também foi citado por Paulo Roberto Costa ainda no início da Lava-Jato, há pouco mais de um ano. Na ocasião, ele perdeu o cargo que ocupou na Petrobras por dez anos.
Da Agência Estado:
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