Retenção de macas no hospital deixou serviço desguarnecido prejudicando atendimentos
Jéssica Barros
Jéssica Barros
O Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HWG), amanheceu a segunda-feira com uma fila de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) metropolitano e da capital. O motivo foi a retenção das macas no hospital, um problema considerado crônico pelo coordenador estadual do Samu Metropolitano, Luiz Roberto Fonseca. A situação foi ainda pior para o município, pois todas as nove ambulâncias básicas do Samu Natal, além das três avançadas, estavam presas no hospital no final da manhã de ontem, deixando toda a cidade desguarnecida.
No final da manhã de ontem, todas os veículos do Samu Natal estavam parados no pátio do hospital. Situação é frequente. Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press |
No início da manhã, Luiz Roberto Fonseca contabilizava sete unidades básicas do Samu Natal represadas no HWG e uma, das 21, do Samu Metropolitano. Em relação às ambulâncias avançadas, equipadas com macas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), também ficara retidas as três do Samu Natal e uma das três do Samu Metropolitano, todas à espera de liberação de maca. No final da manhã, o coordenador do SamuNatal, Edilson Pinto, confirmou que a população estava totalmente sem cobertura do serviço por tempo indeterminado, uma vez que todas as ambulâncias estavam retidas no Clóvis Sarinho.
De acordo com Luiz Roberto Fonseca, a prática da "ambulancioterapia" ainda é recorrente em todo o estado, principalmente dos municípios do interior, e o problema é ainda maior nos finais de semana. Segundo o coordenador do Samu Metropolitano, a ausência de médicos nas escalas do interior e o encaminhamento de pacientes com gravidades variadas, muitos deles que poderiam ser assistidos na rede básica, acabam causando transtorno em toda a rede. "A ambulancioterapia desestrutura os hospitais, os serviços do Samu e, consequentemente, toda a rede de atendimento. Trata-se de um efeito cascata e é por isso que é tão importante a implantação da central de regulação [ação contemplada no Plano de Enfrentamento da Saúde e prevista para este mês]".
A reportagem do Diário de Natal conversou com profissionais do Samu, enquanto aguardavam a liberação das macas. Eles denunciam que o problema vai muito além da superlotação crônica do Walfredo Gurgel e da retenção das ambulâncias. Segundo os profissionais, que preferiram não se identificar, a maioria dos carros do Samu Natal encontra-se sucateada, sem manutenção, muitos com ar condicionado quebrado e com os medicamentos sem as devidas condições de armazenamento. Eles reclamaram ainda da falta de condições de trabalho, da sobrecarga de atendimentos sem critérios e da interrupção do serviço de atendimento do Samu com motocicletas, parado há cerca de dois meses. As denúncias dos profissionais do Samu Natal são confirmadas por seu coordenador, Edilson Pinto.
De acordo com Luiz Roberto Fonseca, a prática da "ambulancioterapia" ainda é recorrente em todo o estado, principalmente dos municípios do interior, e o problema é ainda maior nos finais de semana. Segundo o coordenador do Samu Metropolitano, a ausência de médicos nas escalas do interior e o encaminhamento de pacientes com gravidades variadas, muitos deles que poderiam ser assistidos na rede básica, acabam causando transtorno em toda a rede. "A ambulancioterapia desestrutura os hospitais, os serviços do Samu e, consequentemente, toda a rede de atendimento. Trata-se de um efeito cascata e é por isso que é tão importante a implantação da central de regulação [ação contemplada no Plano de Enfrentamento da Saúde e prevista para este mês]".
A reportagem do Diário de Natal conversou com profissionais do Samu, enquanto aguardavam a liberação das macas. Eles denunciam que o problema vai muito além da superlotação crônica do Walfredo Gurgel e da retenção das ambulâncias. Segundo os profissionais, que preferiram não se identificar, a maioria dos carros do Samu Natal encontra-se sucateada, sem manutenção, muitos com ar condicionado quebrado e com os medicamentos sem as devidas condições de armazenamento. Eles reclamaram ainda da falta de condições de trabalho, da sobrecarga de atendimentos sem critérios e da interrupção do serviço de atendimento do Samu com motocicletas, parado há cerca de dois meses. As denúncias dos profissionais do Samu Natal são confirmadas por seu coordenador, Edilson Pinto.
Fonte: Tribuna do Norte
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