quarta-feira, fevereiro 8

ARTIGO - O POETA ANTÔNIO MARINHO CALA O CONGRESSO

 

Esse poema que defende, acredito eu, o mesmo caminho que Eduardo defendia. O caminho de não jogar nas costas do povo brasileiro os erros históricos do Estado brasileiro. Este estado capenga, corrupto, militaresco e intolerante do Brasil joga nas costas do povo o que o povo tem que aguentar.
Esta poesia que está inserida num marco da praça vermelha de Moscou, onde o poeta esteve em 1968.
Peço desculpas aos meus escassos leitores por não repassar todo o poema devido ser muito extenso, mais vamos aproveitar algumas estrofes.
Um dia, de uma ideia uma semente verte. Resvala fecundante e, se agregando ao solo. Levanta-se... floresce. Os frutos que não tinha... Enquanto estava inerte!
Trabalhar! que o trabalho é sacrifício santo. Estaleiro do amo que as almas purifica! Onde o pólen fecundo, o pão se multiplica. E em flores se transforma a lágrima do pranto!
Mas não vale o trabalho andar a passo largo. Quando a estrada é forrada de injustiça e crimes...
Tudo é treva e descrença! O próprio Deus é triste. Ouvindo esse ofegar de corações humanos. E a Lei - mulher feliz que dorme a tantos anos. Não acorda pra ver quanta injustiça existe.
Quanto riso aqui dentro! E lá fora os brados, quantos leitos de seda! E quantos pés descascados!
Já que os homens não vêem esses decretos falsos. Rasga Cristo, o teu manto! Abriga os desgraçados...
CHICO TORQUATO

Nenhum comentário:

Postar um comentário